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Conheça a história dos acreanos que ganharam uma medalha olímpica

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O Acre foi o último local do Brasil a ser realmente povoado e é o terceiro estado menos populoso do país. Com apenas 22 cidades, a região já teve em sua história dois medalhistas olímpicos, que subiram no lugar mais alto do podium, e possui o mesmo número de conquistas que alguns países sul-americanos como Uruguai, Venezuela, Chile ou Colômbia.


Essas vitórias foram conseguidas no vôlei, por Carlão – Antônio Carlos Aguiar Gouveia, capitão da seleção brasileira em 1992 nos Jogos Olímpicos de Barcelona, quando o Brasil venceu a Holanda por 3 sets a 0 na final, e mais recentemente no futebol, pelo goleiro Weverton Pereira da Silva, que se consagrou ao defender uma penalidade máxima na decisão contra a Alemanha em 2016, conquistando assim o 1º ouro da história do futebol masculino nas Olimpíadas.


São dois feitos de extrema importância para o esporte nacional e que chegaram com uma diferença de 24 anos, mas o Acre, um dos estados mais esquecidos do território brasileiro, voltou a ver um atleta olímpico levar uma medalha para a casa.

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Curiosamente, os dois ouros acreanos nas Olimpíadas foram em esportes coletivos. E se contarmos os jogos na Olimpíada de Esportes Mentais, na qual o poker é o carro chefe, mas também conta com xadrez, dama, bridge, entre outros, o estado também está muito bem representado por Helder Magalhães, que foi segundo colocado no 3º maior torneio de poker do mundo.


Saiba mais sobre os nossos medalhistas

Carlão

Carlão se apaixonou pelo vôlei assistindo ao Brasil ganhar a prata nos Jogos de Los Angeles, em 1984. Foi nesse período que o voleibol virou mania nacional e Carlão, juntamente com inúmeros jovens brasileiros, passou a se interessar pelo esporte. Mas logo na primeira seletividade ele foi dispensado pelo treinador, com o argumento de que não levava jeito para a prática da atividade física. Carlão não desistiu e após 3 anos de muito treinamento e dedicação, o craque já estava presente na seleção brasileira principal, ao lado de grandes nomes e ídolos.


Antônio Carlos Aguiar Gouveia alcançou o topo bem novo, com apenas vinte anos de idade, mas já manifestava diversos atributos que o fariam ser o comandante da seleção nos princípios dos anos 90, e também ser parte essencial da época de ouro do vôlei nacional. Ele foi capitão da seleção por 10 anos seguidos, de 89 a 99, e ainda é o segundo atleta com maior número de jogos pelo País. Carlão também está presente nas Olimpíadas de Tóquio, mas dessa vez fora das quadras, agora como comentarista esportivo, contratado pela Globo.


Weverton

A convocação de Weverton para substituir o goleiro Fernando Prass na seleção olímpica, que ficou de fora devido a uma lesão no cotovelo, pegou a todos de surpresa e possibilitou ao acreano brilhar na meta brasileira. Também nascido na capital Rio Branco, ele surgiu nas categorias de base do Juventus do Acre. Logo após teve uma passagem pela base do Corinthians, depois foi para o Remo, Oeste, América de Natal, Botafogo-SP, Portuguesa, Atlético Paranaense, até chegar em 2018 ao Palmeiras, onde é titular absoluto.


O arqueiro levou apenas um gol na Rio-2016, justamente na grande decisão. E nas Olimpíadas que ficou marcada por ter a maior comissão de todas as participações brasileiras, com 465 atletas, o Brasil não contou apenas com atletas de 3 estados: Rondônia, Sergipe e Tocantins.


Depois de se destacar nos jogos olímpicos, Weverton foi convocado para a seleção principal e foi eleito o melhor goleiro da Copa Libertadores da América e da Copa do Brasil, em 2020.



Como promessa futura, podemos destacar o jogador de handebol José Luciano Costa e Silva, também acreano, nascido em Rodrigues Alves, a mais de 620 quilômetros distante da capital, atleta do clube português Benfica e que sonhava com a seleção brasileira e Olímpiadas. A convocação para defender o Brasil até veio, mas após participar do torneio pré-olímpico de handebol, o sonho olímpico acabou escapando de suas mãos.


 


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