SER DEPUTADO era uma forte moeda de troca quando a eleição era disputada no modelo de coligações proporcionais, em que vários partidos se coligavam para aumentar a legenda e eleger um maior número de parlamentares, alguns até com baixa votação. Neste modelo, um deputado com boa votação era moeda cobiçada para ser um puxador de votos. Com o fim das coligações proporcionais, pela primeira vez a disputa para deputado estadual vai acontecer com cada partido tendo que formar chapa própria e alcançar a legenda que garanta a eleição do candidato. Aí, é que a porca torceu o rabo. Para tentar atrair candidatos novos, os partidos pequenos resolveram dar cartão vermelho para seus deputados, e não aceitar ninguém de mandato na chapa. Ou não conseguem atrair novos nomes. Em cima deste cenário, deputados começaram e receber ordens de despejo das legendas. O REPUBLICANOS comunicou ao deputado André da Farmácia que procure outra sigla para disputar a reeleição, porque não terá legenda. O mesmo aconteceu com o deputado Vagner Felipe no PL. O PTB também comunicou ao seu único deputado, Marcos Cavalcante, que busque outra freguesia. O deputado Pedro Longo já se antecipou e está de saída do PV. O deputado Wendy Lima é outro que terá que buscar nova sigla; seu partido, o PSL, não aceita ninguém com o mandato. Vão todos ter que embarcar na canoa dos barrados no baile. Só vai restar aos despejados procurar partidos grandes, com bancadas com vários deputados para se abrigarem. E, correr o risco do chamado abraço dos afogados.
NINGUÉM VAI BAMBURRAR
NÃO ESPEREM ninguém em 2022 vir com 10 mil votos, como ocorreu quando a eleição foi disputada com coligações proporcionais. Sem o modelo no próximo ano, a tendência é aumentar o número de candidatos, pulverizando a votação. As disputas serão mais apertadas.
LIBERDADE DE VOTO
O PREFEITO de Cruzeiro do Sul, Zequinha (PP), eleito numa coligação de 11 partidos, promete não tirar secretários que venham a apoiar candidatos fora do grupo do Gladson. Tem dito que, respeitará a posição dos aliados.
COLIGAÇÃO PLURAL
NA COLIGAÇÃO que apoiou a candidatura do prefeito Zequinha estavam entre outros o PCdoB, PSD, que não marcharão com a reeleição do governador Gladson.
VAI ACABAR NA JUSTIÇA
EXPERIENTE ADVOGADO alertou ontem em conversa com o BLOG de que, o governo não pode pegar servidores do antigo Pró-Saúde e abrigar direto nos quadros da SESACRE, porque não foram concursados para este órgão. O governo, se fizer a incorporação, como promete, corre na visão deste advogado, o risco do seu ato ser derrubado com facilidade na justiça. A conferir o desfecho do caso.
FAVAS CONTADAS
VEZ POR OUTRA vejo declarações de políticos defendendo que se busque um diálogo, para a volta da coligação que elegeu o Gladson em 2018. Não tem mais retorno para dissidentes como o prefeito Mazinho Serafim, senador Sérgio Petecão (PSD), deputado Roberto Duarte (MDB), deputada federal Mara Rocha (PSDB), vice-governador MajorRocha, e outros, que procuraram novos ninhos para a disputa eleitoral do próximo ano.
PORTAS ABERTAS
O PP está de portas abertas para receber os deputados que foram despejados dos seus partidos, e pode formar uma chapa para a ALEAC composta de oito deputados.
CANDIDATURA EM ABERTO
A DEPUTADA FEDERAL Mara Rocha (PSDB) não deve anunciar este ano que disputará a reeleição. Seu grupo quer avaliar antes a possibilidade de ir para outro campo.
ORELHAS EM PÉ
POLÍTICA, SE LÊ nas entrelinhas. Grupos dentro do PP já defendem que, o partido não pode ter em 2022, uma chapa puro sangue, com o Gladson (PP) ao governo e a senadora Mailza Gomes (PP) para o Senado. Querem abrir aos aliados a vaga do Senado. É bom a senadora Mailza ficar de orelhas em pé com o movimento.
CAMINHO NATURAL
FORA os deputados estaduais (a deputada Mara Rocha está de saída para o PL), outra liderança de peso não deve continuar no PSDB, o professor Minoru Kinpara. Ele aposta na possibilidade de disputar o Senado pelo PSD.
MUITO COMPLICADO
O PRESIDENTE DO PSDB, Manoel Pedro, o Correinha, é habilidoso, esforçado, mas tem uma missão difícil: formar chapas competitivas para a ALEAC e Câmara Federal.
SERVEM COMO MURO
PARA A ALEAC, por exemplo, como convencer novos candidatos a entrar numa chapa em que tem dois deputados de votos, Cadmiel Bonfin e Luiz Gonzaga?
NÃO MUDA NADA
O SENADOR Márcio Bittar (MDB) disse ontem ao BLOG que não muda nada para a candidatura da Márcia Bittar ao Senado, se o presidente Bolsonaro se filiar ao PP.
OPINIÃO DO LEITOR
“Crica, não vejo outro foco em 2022, que não seja a candidatura ao governo do deputado Jenilson Leite (PSB), virar recheio de sanduiche; tendo de um lado a forte candidatura do Gladson; e do outro, a também forte candidatura do Petecão”. Fica feito o registro para conferir nas urnas, se dará este X Salada.
QUEM TEM MAIS FICHA
EM PRINCÍPIO, acho difícil o governador Gladson Cameli escolher um candidato este ano para apoiar ao Senado. Vai esperar para ver quem chega antes da convenção de junho de 2022, com mais fichas na mesa: poder de aglutinar partidos, apoios, e estar bem nas pesquisas.
FECHANDO PAUTAS
A SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO, Socorro Neri, em pouco tempo, conseguiu atender algumas pautas do magistério reclamadas pelo SINTEAC. É o caso da liberação de recursos para a compra de notebooks pelos professores.
ESCOLHA CERTA
A SOCORRO Neri, com isso, ajuda politicamente o governador Gladson Cameli, e os professores. A sua escolha para a pasta, foi uma das mais acertadas.
PALAVRA É O SEU FORTE
A PALAVRA, a lealdade, não costumam ser o forte na classe política. Mas tem as ressalvas, uma delas é o prefeito Bocalon; quando diz que, manterá a palavra de apoiar a candidatura do Sérgio Petecão (PSD) ao governo. Nada mais justo que forme no palanque de quem esteve na linha de frente da sua campanha para a PMRB. E, o Gladson, democraticamente, tem dito que entende.
FRASE MARCANTE
“As salsichas devem ser compridas e os discursos curtos”. (Ditado alemão).
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