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Após denúncia, governo confirma falta de luvas para procedimentos no Pronto-Socorro

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Leônidas Badaró

O Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC) voltou a denunciar a falta de fornecimento de luvas para procedimentos. A entidade afirma que os médicos e demais servidores do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb) estão obrigados a atuar com maior exposição a contaminações.


Segundo os trabalhadores ouvidos pelo sindicato, para conseguir uma caixa de luvas é preciso ficar disputando o produto e realizando pedidos reiterados para que seja fornecido. Enquanto o item de segurança não chega, os profissionais se arriscam para salvar vidas.


O presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici, ainda verificou a falta de Dormonid para a sedação de pacientes que precisam realizar procedimentos invasivos. O resultado é o uso de medicamentos alternativos que não são tão eficazes, ocasionando o sofrimento do paciente.


Os representantes da entidade sindical ainda verificaram que a Sala de Emergência Clínica (SEC) está sendo utilizada para fins de atendimento semi-intensivo, mas os médicos não estariam sendo remunerados de forma equivalente à função exercida, deixando de receber gratificações, enquanto ficam doentes.


“Constatamos ainda que os médicos lotados na Sala de Emergência Clínica estão sendo desvalorizados. Eles salvam vidas e estão sendo usados pelo Estado e descartados quando estão doentes. É necessário oferecer algum incentivo para que eles possam atuar de forma decente em um setor tão vital”, protestou o presidente do Sindicato.


O ac24horas procurou a direção do Huerb que enviou uma nota da Secretaria Estadual de Saúde que em que o governo confirma a falta de material.


Na nota, a Sesacre afirma que a falta de regularidade no abastecimento de Material Médico Hospitalar, em particular, de luvas de procedimento para o Pronto-Socorro de Rio Branco e outras unidades de saúde Estaduais é decorrente da pandemia de Covid-19, que ocasionou um aumento exorbitante, a nível mundial, por MMH de diversas naturezas, em particular daqueles utilizados como EPIs (equipamentos de proteção individual), quais sejam, máscaras, luvas, aventais e correlatos.


De acordo com o governo, a indústria vem sofrendo desabastecimento de matéria prima para fabricação em quantidade suficiente para atender à demanda e as últimas licitações realizadas para aquisição de luvas de procedimento para as unidades da Sesacre fracassaram.


Para resolver o grave problema, a saúde estadual afirma que está finalizando uma contratação emergencial, mas, afirma na nota, que não garante que não ocorram desabastecimentos pontuais.


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Leônidas Badaró

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