Funcionários de empresa terceirizada denunciam atraso no pagamento de salários

Dois funcionários que prestam serviços à empresa terceirizada Red Pontes, em Rio Branco, denunciaram, na manhã desta sexta-feira,16, que estão há dois meses sem receber salários e valores referentes às férias. A empresa terceirizada presta serviços para a Secretaria de Saúde do Acre.

De acordo com um funcionário, que pediu que o nome não fosse posto na íntegra, relatou que a situação está caótica, segundo ela, desde que entrou na empresa nunca recebeu o salário em dia. “Já faz dois meses. Minhas contas estão atrasadas e eles não vão fazer o pagamento referente ao atraso. São mais ou menos 10 pessoas na mesma situação, só que não denunciam por medo de perder o emprego”, declarou.

Uma outra pessoa, que também pediu sigilo, contou ao ac24horas que a empresa está fazendo os funcionários assinarem o recibo de férias sem sequer efetuar o pagamento. “Eu entrei em julho de 2020, eles queriam me soltar para férias antes. Eles me deram as férias em 10 de junho e não pagaram o valor ainda. Estão me devendo R$ 2.154,76. Já tem pessoas que voltaram das férias e não pagaram”, ressaltou.

A denunciante frisou que os representantes da empresa culpam o governo do Acre pelo atraso. “Eles culpam a Sesacre, o governo já repassou o valor da empresa, mas, eles não pagaram a gente. Eu não assinei o aviso de férias. Querem que a gente assine o recibo de férias sem ter recebido. Se eu fizer eu vou compactuar com as irregularidades deles. Assinando, o Ministério do Trabalho vai lá e vão ver que tá tudo certo”, reclamou.

O outro lado da história

A reportagem procurou um dos donos da empresa Red Pontes, Emerson Feitosa, que confirmou o atraso, porém, segundo ele, não é de dois meses, mas sim de oito dias. O representante culpou a Sesacre pelo impasse. “Era pra eles terem repassado dia 8, mas ainda não pagaram. Com a troca de secretário acabou havendo esse atraso”, disse.

Ao tomar conhecimento que funcionários estariam sendo coagidos a assinar o recibo de férias sem receber o valor, Feitosa culpou os funcionários. “É preguiça deles ter que ir duas vezes na empresa, daí a gente pede que eles assinem o recibo. Porém, assim que regularizar vamos efetuar o pagamento”, argumentou.