A artista Camila Cabeça e a socióloga e educadora popular Jaycelene Brasil executam de 19 a 25 de julho, no salão paroquial da igreja São Sebastião, em Xapuri, o projeto “Diásporas corporais na princesinha do Acre: oficina e aula espetáculo de dança – carimbó para o despertar do corpo”.
O projeto foi aprovado no Edital de Culturas Tradicionais e Populares do governo do Acre, por meio da Fundação de Cultura e Comunicação Elias Mansour – FEM/ Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc.
Poderão participar pessoas com idade entre 14 e 80 anos, que receberão certificados frutos da parceria com a Universidade Federal do Acre – Ufac, por meio do projeto Mãos que Salvam.
A cultura do carimbó é ponto central da oficina e aula espetáculo de dança que serão ministrados por Camila Cabeça, artista, pesquisadora e proponente do projeto. Jaycelene Brasil, também ministrante de oficina no projeto, aborda questões cruciais da luta antirracista como legislação, educação, relações étnico-raciais, respeito/ valorização da diversidade cultural e representatividade positiva.
Segundo Camila, o projeto foi pensado como diáspora para Xapuri pelo significado histórico que a cidade possui para o Acre, como palco de lutas, incluindo a antirracista.
“Falo em diásporas na princesinha como uma forma de contar, cantar e dançar essa história do Carimbó. Contar esse corpo diásporico indígena, esse corpo diaspórico africano que mistura o conceito de Brasil que até então entendemos. Ao trazer para o Acre, também absorvemos e entendemos que tem o Carimbó de sanfona e tantas coisas bonitas que essa troca que a diáspora faz, vamos retornar para nossa origem contando e dançando a história corporal. A expectativa é que nós dancemos e relancemos uma perspectiva, para entender a diáspora em quem somos”, explica Camila Cabeça.
A atividade ocorrerá observando os devidos protocolos sanitários como o uso de máscara e álcool em gel e o distanciando será mantido.