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Rondônia anuncia bloqueio sanitário na divisa do Acre para impedir entrada da praga do cacau

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A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) intensificou e reforçou as ações fitossanitárias na divisa com o Acre depois que o Ministério da Agricultura confirmou um foco da praga Moniliophthora roreri, conhecida como monilíase do cacaueiro, em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul.


O trabalho, que objetiva impedir a disseminação da praga e proteger as lavouras de cacau e cupuaçu de Rondônia, é realizado por uma equipe técnica especializada, que foi formada em 2018, quando a Agência Idaron promoveu o ‘Curso de Emergência Fitossanitária’ e desenvolveu ‘Exercícios Simulados com Ênfase na Monilíase do Cacaueiro’.


Além da fiscalização em veículos, de carga e passeio, os técnicos da Idaron visitarão as propriedades produtoras das plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), para orientar o agricultor sobre as medidas sanitárias que devem ser adotadas ante o risco iminente de contaminação do plantio.

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“A monilíase é uma doença que afeta principalmente o cacau e o cupuaçu, culturas muito comuns na região do distrito de Nova Califórnia, na divisa de Porto Velho com o Acre. Por isso será desenvolvido um trabalho meticuloso, com foco na fiscalização e, principalmente, na orientação, tanto ao produtor quanto às pessoas que transitam entre Rondônia e o Acre”, explicou o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.


O distrito de Nova Califórnia, através do Reca (projeto fundado em1989 com objetivo de contribuir para a diminuição do desmatamento na Amazônia), é um dos grandes polos produtores de cacau e cupuaçu, em Rondônia. São mais de 60 mil pés de cupuaçu, em 167 propriedades e aproximadamente 50 mil pés de cacau, em 15 propriedades. De acordo com o Reca, há ainda um projeto de implantação de aproximadamente 200 mil pés de cacau em mais quatro propriedades.


Os técnicos da Idaron estão preparados para atuar de forma emergencial nos focos iniciais da praga, tanto na detecção do fungo quanto na contenção de focos, mas, para que o trabalho seja ainda mais eficaz é fundamental a colaboração de todos.


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