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Brasiléia é o município do Acre com mais focos de queimadas

Bombeiro apaga focos de queimadas no Acre - Foto: Sérgio Vale
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Como era esperado, os registros de focos de queimadas dispararam no Acre a partir do começo de julho e o estado já alcança, em 2021, a mesmo nível de detecções feitas pelos satélites de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) entre 1º de janeiro e 12 de julho do ano passado.


De acordo com os dados do Inpe que estão disponíveis no programa Queimadas, o estado acreano já registrou 170 focos neste ano, apenas 2 a menos que no ano passado, uma diferença de somente 1%. Desse total, 50 focos de queimadas foram detectados apenas nos últimos 7 dias.

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Entre os municípios acreanos, Brasiléia se destacou nos últimos 7 dias, registrando mais de 16% dos focos de queimadas detectados neste período. Até então, Cruzeiro do Sul e Feijó eram os responsáveis pelos maiores números desde que as atenções começaram a se voltar para a divulgação dos dados.


Focos por municípios do Acre (01/01/2021) a 12/07/2021):


· Brasiléia – 20 focos (11,8%)


· Sena Madureira – 17 focos (10%)


· Cruzeiro do Sul – 16 focos (9,4%)


· Tarauacá – 16 focos (9,4%)


· Feijó – 13 focos (7,6%)


2020 foi o segundo ano em número de focos de queimadas no Acre desde o início da série histórica do Inpe (1998) com 9.193 registros. O ano de maior ocorrência de queimadas no estado foi 2005, com 15.993 focos, quando grande parte da Reserva Extrativista Chico Mendes foi devastada pelo fogo.


Preocupação

No ano passado, o Acre bateu o recorde da década em área queimada, de acordo com o Projeto Acre Queimadas, da Universidade Federal do Acre. Foram 265 mil hectares queimados entre janeiro e a primeira semana de novembro, 40% a mais do que o registrado no mesmo período de 2019 (190 mil hectares) e superando em mais de 15% o recorde dos últimos 10 anos.


Ainda de acordo com o projeto da Ufac, metade dos focos de queimadas no Acre ocorreu em municípios que ainda detêm extensas áreas de florestas preservadas, incluindo alguns sem acesso rodoviário e que até pouco tempo atrás não eram motivo de grande preocupação, como Jordão e Marechal Thaumaturgo, que tiveram em 2020 aumento de 20% e 94%, respectivamente, no número de queimadas em comparação ao mesmo período de 2019.

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Medidas

Com o objetivo de se antecipar com ações de prevenção e definição de estratégias de combate a incêndios, o governo do estado lançou, no começo de junho, o Plano Operacional de Combate às Queimadas 2021 – Operação Fogo Controlado/CBM.


Coordenado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre, mas envolvendo outras entidades, o plano prevê ações educativas e de conscientização no combate a incêndios e queimadas em todos os municípios do estado.


O Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) já emitiu alerta de seca moderada a severa para os próximos meses. Os dados obtidos por imagens de satélite são fundamentais para o acompanhamento das regiões mais vulneráveis e tomada de decisões em tempo hábil.


O Cigma é coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e conta com a parceria do Instituto de Meio Ambiente (Imac), o Instituto de Terras (Iteracre), o Instituto de Mudanças Climáticas (IMC) e a Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac).


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