Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), um foco da praga Moniliophthora roreri, conhecida como monilíase do cacaueiro, que também afeta o cupuaçu, foi detectada em área residencial urbana no município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.
Um morador de Cruzeiro do Sul que observou os sintomas da doença. Uma equipe do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (IDAF/AC), coletou material e a confirmação da praga no Brasil foi obtida por meio de análise laboratorial, realizada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia LFDA/GO,
O Mapa está adotando as medidas cabíveis de contingência, em conjunto com as demais instituições oficiais de Sanidade Vegetal e de pesquisa. Equipes do governo do Estado irão ao local para a ampliação dos monitoramentos de detecção da praga, delimitação da área afetada e adoção imediata de ações de contenção e erradicação, visando evitar sua disseminação para as áreas cultivadas de cacau e cupuaçu no país.
A monilíase é uma doença que afeta plantas do gênero Theobroma, como o cacau (Theobroma cacao L.) e o cupuaçu (Theobroma grandiflorum), causando perdas na produção e uma elevação nos custos devido à necessidade de medidas adicionais de manejo e aplicação de fungicidas para o controle da praga.
“Esta é uma doença que atinge somente as plantas hospedeiras do fungo, sem riscos de danos à saúde humana e que, apesar do foco detectado se encontrar distante das principais regiões produtoras, devido ao seu potencial de danos às culturas que atinge, é de fundamental importância a notificação imediata de quaisquer suspeitas de ocorrência da praga nas demais regiões do país às autoridades fitossanitárias locais”, ressalta a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro.
Na América do Sul, a praga já se encontra presente no Equador, Colômbia, Venezuela, Bolívia e Peru. “Tendo em vista seu potencial impacto nos cultivos de cacau e cupuaçu, tanto os estados localizados na região fronteiriça do norte do país quanto os principais estados produtores encontram-se sob ações de prevenção e vigilância permanente, realizadas pelo Mapa e Órgãos Estaduais de Sanidade Vegetal”, destaca Graciane.
Em 2020 o MAPA realizou 1.600 monitoramentos preventivos nos estados do Amazonas, Acre, Amapá, Roraima, Rondônia, Pará, Bahia e Espírito Santo.
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