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Professores do EJA alegam serem obrigados a trabalhar e que SEE não dá suporte para aulas

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Leônidas Badaró

Professores da Modalidade de Ensino de Jovens e Adultos (EJA) em Rio Branco estão denunciando o que chamam de formas  de assédio moral e impositivo praticados pela coordenação do programa.


De acordo com os profissionais que, como medo de represálias, preferem não se identificar, eles estão sendo obrigados a retornar às atividades presenciais, sem garantia de segurança, tendo em vista que a maioria dos educadores foram submetidos  apenas a primeira dose do imunizante contra a Covid-19.


O comunicado teria sido feito após uma reunião ocorrida na última quinta-feira, 1,  com gestores e coordenadores de EJA, onde teria ficado acertado que os professores deveriam ir para a escola que são lotados, postar as aulas on-line e o atendimento virtual.


“O problema é que o governo nem decidiu como fará o repasse de verbas e/ou equipamentos para nós professores. Ou seja, estamos sendo obrigados a retornar a cumprir nosso horário na instituição de ensino por mera imposição, usar nossos equipamentos, seja celular ou notebook, com internet nossa, pois a internet da maioria das escolas não irá suportar vários professores postando aula ao mesmo tempo”, diz uma professora.


Os professores dizem ainda que há mais de um ano estão usando a própria internet e equipamentos, cumprindo nosso horário de forma remota.


“Queremos apenas ser tratados com respeito, precisamos ser imunizados para ter o mínimo de segurança, precisamos dos equipamentos que o estado ficou de oferecer e também precisamos de uma internet que nos dê condições de postar nossas aulas”, afirma outro professor.


A reportagem procurou a Secretaria Estadual de Educação, que não mencionou o uso da internet e dos equipamentos dos próprios professores para as aulas online. A SEE explicou que o retorno dos professores da Educação,  não só da EJA, para cumprimento de carga horária e/ou postagem de atividades de forma presencial nas escolas, tem sido tratado com os gestores desde que foi aprovado o calendário escolar pelo Conselho Estadual de Educação.


A SEE afirma ainda que não há imposição, nem orientação para que todos estejam na escola ao mesmo tempo e diz que o exercício gradativo, mantendo todos os cuidados, é para que a escola possa perceber de fato as principais necessidades e se preparar de forma mais efetiva pro retorno presencial (também gradativo) dos alunos, previsto para o mês de setembro.


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Leônidas Badaró

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