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Propriedade de Capixaba põe em funcionamento o primeiro pivô central de irrigação do Acre

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Um investimento alto, do ponto de vista financeiro, mas que promete oferecer grandes vantagens para o produtor agrícola de escala comercial, o pivô central é uma torre suspensa construída para girar circularmente sobre a plantação, tornando a irrigação sustentável e racional.


Os pivôs centrais costumam ser usados para driblar o período de estiagem. Além disso, o produtor pode realizar a semeadura mais cedo com a adoção desse sistema de irrigação e, com isso, antecipar a colheita para conseguir melhor preço de mercado, além de conseguir fazer até três safras durante o ano.

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Nesta quarta-feira, 30, entrou em funcionamento o primeiro pivô central instalado no Acre, na fazenda Promissão, localizada na BR-317, Km 100, no município de Capixaba. A estrutura tem capacidade para 85 hectares e possui um custo de instalação que chega a R$ 15 mil por hectare.


De acordo com o engenheiro de aplicação Cristiano Rocha, da empresa Bauer Irrigação do Brasil, responsável pela instalação do equipamento na fazenda Promissão, o pivô central se destaca por sua tecnologia, que permite ser acionado de qualquer lugar do mundo via telefone celular.



“Esse sistema oferece inúmeros benefícios para o agronegócio, tendo em vista que o produtor pode antecipar o seu plantio e a própria safra, consequentemente maximizando o uso do solo podendo fazer até três safras durante o ano. É um equipamento bastante usado nos últimos anos no Brasil em razão das grandes estiagens que estamos tendo”, explicou.


O proprietário da fazenda Promissão, Henrique Luís Cardoso Neto, diz que o pivô vai permitir que ele modifique a época do plantio da soja. Em vez de plantar em setembro ou outubro e colher em janeiro ou fevereiro, no período chuvoso, ele pode fazer o plantio em março e colher em julho sem problema de perda na colheita.


“Essa é a grande vantagem do pivô central é isso, se a gente conseguir irrigar bastante áreas e tirar soja do período de colheita na chuva, que esse é o grande gargalo porque a chuva atrapalha muito. Aí o milho, que é mais resistente à chuva na colheita, a gente plantaria em setembro”, esclareceu.



Irrigação no Brasil

O Brasil totaliza 8,2 milhões de hectares equipados para irrigação, sendo 64,5% (5,3 milhões de hectares) com água de mananciais e 35,5% (2,9 milhões de ha) fertirrigados com água de reuso segundo dados atuais do Atlas Irrigação da Agência Nacional de Águas (ANA). Essa área é equivalente a 8,2 milhões de campos de futebol.


O Atlas Irrigação aponta, ainda, que o Brasil deverá expandir sua área irrigada em mais 4,2 milhões de hectares até 2040, o que representa um aumento de 79% em comparação à área atualmente irrigada com água de mananciais. A produção irrigada tem uma produtividade de 2 a 3 vezes maior do que áreas não irrigadas.


Outras vantagens são: melhoria da qualidade dos produtos, redução de custos unitários, atenuação dos impactos da variabilidade climática, otimização de insumos e equipamentos, aumento na oferta e na regularidade de alimentos, assim como a modernização dos sistemas de produção.

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