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MDB pode construir candidaturas majoritárias nas eleições de 2022

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Alegando que o governo do Acre não cumpre o combinado, o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) do Acre realizou na noite desta terça-feira, 30, uma reunião fechada com a presença de suas principais lideranças para tratar sobre a possibilidade de um desembarque da gestão Gladson Cameli. O encontro ocorreu presencialmente na Sede do Partido em Rio Branco com algumas lideranças participando por videoconferência.


Participaram da reunião os deputados federais Flaviano Melo, Jéssica Sales, o senador Márcio Bittar, os deputados estaduais Meire Serafim, Antônia Sales, Roberto Duarte, os ex-prefeitos Vagner Sales, Aldemir Lopes e também os correligionários Adalberto Ferreira, Macapá, Mauri Sérgio e Roberto Feres.


O ac24horas apurou que o colegiado do MDB decidiu construir candidaturas majoritárias ao governo e senado. “Afinal de contas o Progressista já fechou a sua chapa para governo e senado fechando a abertura de um diálogo com outros partidos. Desta feita o MDB ficará aberto ao diálogo com todos”, disse um interlocutor emedebista que participou do encontro. Os nomes de Duarte, Jarude, Mazinho e Jéssica Sales foram postos como opções para montagem da chapa.

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A cúpula emedebista ressaltou que vários cargos na SEPA e no Depasa não seriam de indicação do partido. Um documento assinado pelas lideranças deverá ser enviado nos próximos dias ao governador Gladson Cameli oficializando a decisão do partido de construir uma chapa. O “desembarque” emedebista do Palácio não contaria com o apoio de Flaviano Melo e Márcio Bittar, principais entusiastas da ida da sigla para o governo. Melo pediu tempo para que o governo resolvesse a questão dos cargos.


Sobre o fato do MDB ter Nenê Junqueira no comando da SEPA, indicado de Bittar, a cúpula decidiu que a nomeação e exoneração são de responsabilidade do governador, “Ele quem decidirá o que fazer. A decisão do MDB é de desembarcar do governo e construir opções”, disse outro emedebista.


O ac24horas recebeu informes que o governador já havia se reunido com Flaviano Melo um dia antes da reunião. No encontro, Melo avisou ao chefe do Palácio Rio Branco da insatisfação do MDB e que também muitas pessoas que não era indicação do partido estavam sendo nomeadas. A reportagem apurou que mais de 70% dos cargos do Depasa são apenas de indicação de Bittar e que na estrutura da SEPA, o partido teria mais de 120 cargos, totalizando mais de 200 cargos comissionados. O fato é que se o MDB oficializar a saída do governo, o primeiro a “rodar” será o secretário Nenê Junqueira, da Secretaria de Produção e Agronegócio.


A reportagem conversou com Aldemir Lopes, que negou um possível desembarque. “Nós estamos tratando apenas de sermos protagonistas e não coadjuvantes. Vamos trabalhar para montarmos candidaturas próprias e isso não quer dizer que vamos abandonar o Gladson”, disse o dirigente.


Contrariando Lopes, o deputado Roberto Duarte afirmou que foi definido o desembarque e que o senador Márcio Bittar iria informar da decisão do partido ao governador. “Tratamos como um desembarque mediante várias insatisfações do MDB que vai construir candidaturas”, disse.


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