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Comunidades terapêuticas realizam protestos pedindo retomada de convênios

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Representantes de diversas Casas Terapêuticas realizaram na manhã desta quarta-feira, 23, protestos em frente à Praça da Revolução e ao Palácio Rio Branco, na região central, cobrando da Prefeitura e do Governo do Estado a retomada dos convênios. Com cartazes e faixas, os membros tentaram conscientizar sobre o trabalho que desempenham em prol dos dependentes químicos.


No Acre, são nove casas terapêuticas que possuem 240 leitos para esse público, no entanto, hoje nem 80 leitos estão ocupados por falta de apoio financeiro governamental. “É importante salientar, que é esse serviço que ajuda o Estado a evitar a reincidência de usuários de drogas nos presídios, que acolhe as famílias em desespero pelo seu ente querido que está no fundo do poço por causa das drogas. É dever do Estado e da sociedade em geral apoiar todo serviço humanitário”, explicou Verônica Loureiro, uma das voluntárias nas casas.

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As comunidades terapêuticas possuem um modelo residencial e seu funcionamento está pautado na premissa de que, diante da impossibilidade de promover mudanças no indivíduo ‘dependente químico’, é necessário alterar o meio onde ele vive e o retirar da situação em que acontece o consumo de drogas. A reportagem do ac24horas, o psicólogo Raian Macedo, afirmou que desde 2019, as comunidades não recebem apoio financeiro do Governo do Acre e desde o semestre passado não houve retomada do apoio da Prefeitura de Rio Branco.



“Além de apresentar os nossos trabalhos, nós estamos entregando um ofício para tentar ter uma conversa com o prefeito e o governador porque nesse período de dois anos, estamos sem ter o apoio público. De um total de 100% dos serviços que as casas oferecem, 65% são demandas do estado, Iapen, TJ, mecanismos de apoio de moradores de rua, 25% são de famílias que buscam tratamento para os seus familiares e outros 10% são os próprios dependentes químicos que nos procuram”, explicou.


O objetivo das comunidades terapêuticas é fazer com que a pessoa interrompa completamente o consumo de álcool e outras drogas a partir do modelo da abstinência. Antes de ingressar na CT, é exigido que a pessoa comprometa-se com a abstinência como condição para o início do tratamento. Uma vez dentro, os/as pacientes interrompem o vínculo com a comunidade exterior – há uma convivência restrita estabelecida entre os próprios pares e com os/as funcionários/as da instalação – e começam a participar de uma rotina disciplinarização que alterna trabalhos diversos, práticas de espiritualidade religiosa e acompanhamento médico.


Participaram do ato as comunidades: Caminho de Luz, Associação Cristã de Apoio às Pessoas em Situação de Vulnerabilidade – ACAPEV (SHALOM); Rei Salomão; Reconstruindo Vidas; Desafio Jovem Peniel Rio Branco e Cruzeiro do Sul, Jovem com uma Missão – JOCUM, Associação de Pais e Parentes dos Dependentes Químicos – APADEQ e Comunidade Terapêutica EBENÉZER.


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