As relações entre o governadores do Acre, Gladson Cameli (PP), e o de Rondônia, Marcos Rocha (PSL), que sempre foram cordeais e fraternas, sofreram uma “ranhura” inédita até então com direito a mal estar diplomático. Isso porque o irmão do chefe de Estado de Rondônia, Sandro Rocha, que foi nomeado por Gladson para ser diretor de assistência na Secretaria de Assistência Social, Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres (SEASDHM) e logo após desentendimentos e acusações de assédio moral acabou sendo transferido para a Secretaria de Segurança Pública, foi exonerado do cargo na semana passada.
Sandro ocupava o cargo de diretor no governo do Acre desde setembro de 2019. A nomeação dele teria sido um pedido pessoal de Marcos Rocha. Como acontece quase que corriqueiramente, quem é exonerado atualmente no governo do Acre não é avisado com antecedência e muito menos cumpre aviso prévio.
O ac24horas apurou que Sandro soube de sua exoneração pelo Diário Oficial e desde então tenta falar com o governador do Acre sem sucesso. Numa dessas tentativas, Sandro acabou enviando mensagem para o celular do vice-governador Major Rocha, pensando que fosse o chefe do Palácio Rio Branco, afirmando que seu irmão, o governador do Estado vizinho, queria conversar com Gladson.
Paralelo a isso, a notícia da exoneração de Sandro já havia chegado em Brasília e o senador Márcio Bittar (MDB), que é próximo do governador rondoniense, tentou entrar em contato também com Gladson. Até o fechamento desta nota, o governo do Acre não havia se manifestado sobre o assunto.