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Mais de 30 vigias são demitidos com 6 meses de salário atrasado em Cruzeiro do Sul

Por
Sandra Assunção

Ao menos 34 vigias que trabalharam para a empresa Maciel, atuando nas escolas estaduais e no Estádio Arena do Juruá,  em Cruzeiro do Sul, denunciaram que além de não receber seus salários desde dezembro do ano passado, ainda foram demitidos no dia 18 de maio sem ganhar nem a rescisão.


Segundo os trabalhadores, a empresa diz que não recebe do governo do Estado por meio da secretaria Estadual de Educação, desde dezembro, por isso não tem como pagá- los.


“A empresa diz que é culpa da secretaria de educação. A gente liga pra lá  e eles mandam ter paciência. Já a  secretaria de educação fala que é culpa é da empresa. E enquanto isso nós  estamos passando necessidade. Têm muitos que não têm o que comer”, relata um dos demitidos que não quer se identificar.


O representante da empresa que tem sede em Rio Branco,  identificado como Edmilson, afirma que ajuizaram uma ação contra a secretaria Estadual de Educação por causa da falta de pagamento.


“A secretaria de Educação com quem tínhamos contrato decidiu não fazer os repasses atrasados e a empresa decidiu não renovar o contrato e ajuizar a ação. Tentamos resolver da melhor forma até de voltar atrás e renovar caso eles decidisse pagar mas foi tempo perdido, não pagaram,  não quiseram acordo. Então estamos levando o caso para justiça”, conta.


Por meio da Assessoria de Comunicação, a secretaria Estadual de Educação  afirma que não efetuou o pagamento por problemas da empresa.  Abriu  processo administrativo contra a Maciel  e emitiu  notificação para que sejam  apresentados os termos de rescisão dos trabalhadores. A secretaria busca formas para fazer os pagamentos diretamente aos vigias.


” A empresa J.O Nascimento, nome fantasia Maciel empreendimentos, está com os processos na secretaria. Contudo, por não comprovar o pagamento dos salários dos trabalhadores, não foi repassado a eles o recurso. Essa é uma exigência da lei e consta em contrato. Recentemente houve várias reuniões com a equipe de governo e empresas e a decisão final era que os pagamentos seriam efetuados por meio de termos administrativos, diretamente na conta dos trabalhadores mas a  empresa optou por não assinar o termo. A vigência do contrato deles estava se encerrando no mês de abril e só então a secretaria foi informada que já tinha sido dado aviso aos trabalhadores. Sendo assim, foi aberto processo administrativo contra a empresa e emitida notificação para que fosse apresentado o quanto antes os termos de rescisão. Somente com o envio dessas comprovações por parte da empresa é que a secretaria poderá dar andamento e efetuar o pagamento diretamente aos trabalhadores por meio de liminar na justiça”, explicou.


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Sandra Assunção

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