O Boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, revelou que o Acre se mantém como único estado fora da zona crítica em ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Já o Tocantins soma-se à Roraima na zona de alerta crítico, refletindo, no entanto, uma piora na dinâmica da pandemia. O estudo foi divulgado na quarta-feira (9).
Os aumentos do indicador mais expressivos em Roraima, que volta à zona de alerta crítico, é em razão muito possivelmente pela redução dos leitos de UTI disponíveis – originalmente eram 90, há algumas semanas passaram a 60 e na última semana caíram para 54 – e no Maranhão, que se mantém na zona de alerta crítico, com o indicador saindo de 83% para 90%.
Nove estados apresentam taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 para adultos entre 80% e 89%: Roraima (87%), Piauí (88%), Paraíba (80%), Bahia (84%), Minas Gerais (82%), Rio de Janeiro (81%), São Paulo (82%), Rio Grande do Sul (84%) e Mato Grosso (87%). Cinco estados estão na zona de alerta intermediário (≥60% e <80%): Rondônia (62%), Amazonas (61%), Pará (78%), Amapá (68%) e Espírito Santo (68%). Como destacado, apenas um está fora da zona de alerta: O Acre (41%).
Doze unidades da Federação encontram-se com taxas de ocupação iguais ou superiores a 90%: Tocantins (94%), Maranhão (90%), Ceará (93%), Rio Grande do Norte (94%), Pernambuco (97%), Alagoas (91%), Sergipe (99%), Paraná (96%), Santa Catarina (97%), Mato Grosso do Sul (107%), Goiás (90%) e Distrito Federal (90%).
Todos os estados das regiões Nordeste, Sul e Centro-Oeste permanecem com taxas iguais ou superiores a 80% e, no Sudeste, a única exceção é o Espírito Santo. No Distrito Federal, continua chamando a atenção a quantidade de leitos bloqueados, embora a taxa de ocupação esteja elevada.
Alerta da 3° onda
A Fiocruz fez uma análise onde mostra que as pequenas oscilações no número de casos nas últimas semanas demonstram a permanência de elevado nível de transmissão do vírus. O cenário atual da pandemia é de alto risco, exigindo muita atenção e prudência.
Na manhã desta quinta-feira (10), a coordenadora do comitê da Covid-19 no Acre, Karolina Sabino, lembra ainda que apesar da redução do nível de ocupação dos leitos de UTI e leitos clínicos que estão abaixo de 50%, os cuidados sanitários ainda são necessários. “A gente percebe cada vez mais a tendência de queda, mas precisamos lembrar que a pandemia ainda não passou. Até termos pelo menos 70% da população vacinada precisamos conter essa pandemia.
Assim como Sabino do comitê acreano, os pesquisadores da Fiocruz chamam atenção sobre a necessidade de se combinar medidas para enfrentamento da pandemia nas próximas semanas, até que a maior parte da população esteja vacinada.
Segundo o estudo, a combinação do número alto de casos com uma ligeira queda no número de óbitos e a maior parte dos estados com alta taxa de ocupação de leitos UTI Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS).