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Sindicatos de Saúde batem martelo e vão deflagrar greve geral no Acre

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Em assembleia geral, nesta segunda-feira (7), os diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado do Acre (Sintesac) realizaram uma videoconferência para decidirem de forma unânime, que a partir do dia 14 de junho – próxima segunda-feira, a partir das 8h da manhã, será deflagrado greve geral.


Para o presidente do Sintesac, vereador Adailton Cruz, a greve é inevitável e precisa da união dos trabalhadores. “É óbvio que o governo venha com a inconstitucionalidade da greve, então, temos que estar unidos. Antes do movimento, os gerentes vão intimidar os servidores, ameaçando cortar extra, transferência de local e entre outros. Na greve, se tiver 3 porteiros, fica um, dois médicos, fica um. Exames só é pra fazer de pessoas na UTI e emergência”.

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Cruz ressaltou que deve se reunir com a presidente do Tribunal de Justiça para que as autoridades possam se sensibilizar com a situação dos servidores. “Quanto mais tempo conseguirmos, melhor, porém, vamos pra cima segunda-feira. Essa semana vamos ver carreata e carro de som”, explicou.


Walace Leite, um dos servidores, ressaltou que o movimento não pode abrir mão das reivindicações. Segundo ele, em Rondônia o governo paga auxílio emergencial desde o ano passado. “É uma vergonha o que o governo vem fazendo com os servidores da saúde. Um técnico de saúde ganha R$ 800 reais e aqui nem recebendo estamos. Sou a favor de iniciar a greve o quanto antes”, sugeriu.


De acordo com Juscelino Gonçalves, um dos presentes na reunião, o governo teve 3 anos para realizar as reivindicações e não fez. Para ele, os roçadores de quintal estão recebendo mais que os servidores de saúde. “Ninguém quer roçar quintal por menos de R$ 100 reais e nós fazemos plantão por R$ 40, ou seja eles estão ganhando mais que a gente”, declarou.


Dentre as pautas do movimento está a reposição de perdas salariais de 55% a todos os servidores ativos e inativos; correção anual da tabela do PCCR conforme índice inflacionário; adicional covid retroativo a dezembro de 2020; insalubridade no índice de 20% do piso salarial até regularização do novo LTCAT; concurso público em 2021 para início da atividade profissional em 2022; aposentadoria especial – regulamentação da lei; regularizar a situação dos servidores irregulares.


O movimento grevista dos profissionais da saúde se intensificou e se fortaleceu com a adesão de todas as categorias sindicais, aderido pelos sindicatos dos médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares em enfermagem, farmacêuticos, nutricionistas, odontólogos, técnicos de laboratório, biomédicos e o sindicato dos trabalhadores da saúde.


Antes da decisão, os diretores iniciaram uma agenda de visitas às unidades de saúde em vários municípios, mobilizando os servidores para greve geral da saúde. Na reunião, muitos insatisfeitos com o governo optaram por paralisar as atividades a partir de hoje, mas, ficou decidido para o dia 14 desse mês.


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