A defesa do policial penal Alessandro Rosas Lopes, acusado de matar o vendedor de picolé Gilcimar da Silva Honorato, de 38 anos, em dezembro de 2020, pediu a substituição da prisão preventiva dele por medidas cautelares.
O pedido foi feito no dia 25 de maio ao juiz Alesson Braz, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Rio Branco, que em despacho nesta segunda-feira, 31, deu prazo de cinco dias para manifestação do Ministério Público do Acre (MPAC) e posterior para análise. A defesa alegou que já foram feitas duas audiências de instrução e que todas as testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas e só falta a oitiva do acusado, que segue preso no Batalhão de Operações Especiais (Bope), em Rio Branco.
Na época do crime, segundo o delegado Adriano Araújo, plantonista na Defla, Alessandro alegou legítima defesa quando foi preso pela Polícia Militar, chegando afirmar que foi perseguido até seu carro pelo vendedor de picolé que estava com uma faca, então, o policial pegou sua pistola e efetuou dois tiros nas costas de Gilcimar, mas imagens de câmeras de segurança de uma casa próxima ao local do crime mostrou que o policial penal, após pegar a sua arma de fogo, perseguiu o picolezeiro e atirou duas vezes nas costas de Gilcimar.
O delegado afirmou em coletiva à imprensa que em depoimento, testemunhas chegaram a dizer que Alessandro estava no bar bebendo, quando uma terceira pessoa, um homem que estava embriagado, chegou até o policial penal e pediu uma dose da bebida alcoólica. No primeiro momento, Alessandro mandou que o homem embriagado fosse embora e, depois de alguns minutos, ele retornou e o policial penal o agrediu.
Ainda segundo o delegado, Gilcimar [vítima], que também estava no bar, não gostou da atitude que Alessandro tinha tomado com o homem e foi tirar satisfação com o policial, que reagiu e agrediu o vendedor de picolé.
Gilcimar correu até onde estava o seu carrinho de picolé, pegou uma faca e desferiu um golpe que atingiu Alessandro no ombro direito. Após ser ferido, o policial penal correu até o seu carro, pegou a pistola e correu atrás de Gilcimar, que ainda tentou fugir, mas foi ferido com dois tiros na região das costas.
Após os disparos, Lopes saiu do local em seu carro com outra pessoa. Policiais Militares conseguiram pegar a placa do veículo do policial penal e o encontraram em uma residência localizada no bairro João Eduardo I, sentado, com um amigo na área da casa.
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