A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac) divulgaram nas redes sociais, na tarde desta quinta-feira, 27, uma nota discordando do decreto n° 1.000/2021, editado pelo prefeito Tião Bocalom (Progressistas) que determina o retorno às atividades presenciais dos servidores efetivos, comissionados e temporários que não façam parte dos grupos com comorbidades.
De acordo com a presidente da categoria, a sindicalista Rosana Nascimento, as aulas presenciais na rede municipal de ensino somente ocorrerão após os trabalhadores em educação (professores e funcionários de escola) forem imunizados com a vacina contra a Covid-19.
“A nossa categoria foi uma das maiores vítimas da Covid-19 no Estado, pois contabilizamos mais de 100 mortes”, desabafou a sindicalista.
O Sinteac comunica à comunidade escolar que os trabalhadores da educação, tanto da rede municipal, como estadual, não retornarão às aulas presenciais enquanto não forem vacinados. A decisão foi tomada por conta do crescente número de óbitos dos trabalhadores em educação que, na 2ª onda da pandemia, chegou a contabilizar uma média de dois a quatro falecimentos de vítimas da Covid-19 por dia”.
“Esses profissionais precisam se deslocar todos os dias até chegar à escola para atender aos alunos, ficando, assim, expostos à contaminação do coronavírus, porque as escolas da rede municipal e estadual não foram adaptadas para preservar a saúde dos professores, funcionários de escolas e alunos”, declarou.
Rosana pontuou que o decreto municipal não foi discutido com o sindicato da categoria de modo a estabelecer a retomada das atividades presenciais para todos os servidores, estagiários e colaboradores, nas escalas da rede municipal nos períodos matutino e vespertino para que possam exercer o trabalho de rodízio de servidores, que possa permitir a produtividade esperada pela Secretaria Municipal de Educação de Rio Branco (Semec). “Com a chegada da variante indiana caminhamos para a 3ª onda da pandemia, sem que os servidores municipais tenham sido vacinados”, encerrou.