Em um vídeo divulgado nas redes sociais nesta quinta-feira, 20, o secretário de Assuntos Extraordinários, Moisés Diniz, reagiu às denúncias protocoladas pelo vice-governador Major Rocha na sede da Polícia Federal, em Rio Branco, em relação aos recursos destinados ao combate a Covid-19 no Acre.
No vídeo com o título “Amigo da Onça”, Moisés Diniz diz que ficou ‘estarrecido’ ao assistir o vídeo de Rocha em frente à sede da Polícia Federal.
“Fiquei estarrecido ao assistir, o vice-governador do Acre Major Rocha denunciando corrupção dos recursos da covid no governo dele, de Gladson Cameli e de Major Rocha. Eu fui olhar as reportagens do ano passado e vi lá no dia 20 de março do ano passado, o vice-governador Major Rocha visitando as obras do Into e do Hospital de Campanha reconhecendo que o Acre era o único estado do Brasil, apesar de ser pequenininho, de morar na ponta da linha do final do Brasil, ser o único lugar do país que ao invés de alugar hospitais de lona, construiu dois hospitais permanentes para tratar covid-19.
Em outro trecho, Moisés criticou a mudança de postura de Rocha e atribuiu o comportamento do vice a um rompimento político com Cameli. O secretário destacou que a Justiça irá prevalecer e afirmou que atitude do vice-governador foi ‘antiética’.
“Nos estranha que somente agora, um ano e dois meses depois, ele denuncia o seu governo. Ele não viu nada de errado, nenhuma corrupção, era sempre esforço do governador e dele pra gente salvar vidas como eles dois fizeram. Mas, porque houve um rompimento político, o vice-governador vai pra Justiça fazer denúncia de corrupção. Isso é muito estranho, isso não é ético e eu tenho certeza que a Justiça vai fazer justiça”, afirmou.
Na sede da PF na quinta-feira, 20, Rocha afirmou que suspeita “que a omissão do Executivo em alguns casos e a ação em outros foram responsáveis pela morte de muitos acreanos que esperavam por atendimentos e UTIs”.
O militar ressaltou que o teor das denúncias não será revelado para não atrapalhar o andamento das investigações.
“Para não correr o risco de atrapalhar as investigações, não irei esmiuçar o conteúdo das denúncias, mas em linhas gerais, contratos altamente estranhos serão analisados e o executivo deverá ser convidado a falar porque tinha tantos milhões em caixa enviados pelo Governo Federal enquanto acreanos morriam por falta de leitos”, explicou Rocha.