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Vereador Raimundo Neném é alvo da PF sobre compra de votos

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O superintendente da Polícia Federal Erico Barboza Alves e o delegado responsável pela da Operação “SINE FOX”, Henrique Santos, confirmaram que o alvo da operação deflagrada na manhã desta quinta-feira, 20, foi o vereador reeleito do PSB, Raimundo Neném, por crime de compra de votos nas eleições municipais de 2020. Neném foi reeleito com 2.555 votos, segundo mais votado da chapa do PSB.


Durante a operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juiz da 1ª Zona Eleitoral de Rio Branco. 26 policiais federais participaram da ação. A PF esteve nas primeiras horas da manhã na casa do parlamentar recolhendo informações e documentos para subsidiar o inquérito.

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O superintendente da PF no Acre, Erico Barboza Alves, afirmou que essa fase serviu para angariar informações para corroborar as informações iniciais sobre crime de compra de votos.


“O investigado em questão [Raimundo Neném] teve um pouco mais de 2 mil votos e ainda assim foi identificado a compra de algum desses votos. Aquele que vende o voto é tão infrator como aquele que compra. Iremos angariar esse material, iremos organizar e indexar e quem sabe daí corroborar as provas existentes ou até mesmo trazer novos elementos ou outros envolvidos na prática delituosa”, afirmou.


De acordo com o superintendente, ainda é cedo para falar de pedido de cassação de mandato por crime de compra de votos devido ao inquérito se encontrar na fase inicial de investigação.


“Isso pode acontecer, mas ainda é cedo pra falar isso. Nesse momento da investigação, houve elementos iniciais suficientes para subsidiar as medidas de busca e apreensão. Esse é o momento talvez mais importante da investigação porque a partir daí que vem o número mais robusto de informações, que a equipe vai verificar e encadear com o que já tem e esclarecer melhor os fatos. Isso é importante para saber se vai corroborar ou não, a compra de votos e em que tamanho se deu essa compra. A partir daí o MPE tem essa prerrogativa de pedir a cassação do parlamentar. Há essa possibilidade, mas ainda é cedo pra falar isso”, explicou.


O delegado responsável pela operação, Henrique Santos, afirmou que durante as investigações, as pessoas não se importavam com a venda do voto. Ele lembrou que a pena varia de 1 a 4 anos de reclusão tanto para quem vende quanto para quem compra.


“Durante as investigações, nós percebemos que as pessoas investigadas usavam expressões; ‘todo mundo vende voto mesmo, vou vender o meu também. A pessoa que compra voto é uma pessoa corrupta e a pena é de um a quatro anos, mas a pessoa que vende também é corrupta e pode pegar a mesma pena. A investigação se iniciou após denúncia ao Ministério Público”, afirmou.


As investigações tiveram início em março de 2021, após chegar ao conhecimento da Polícia Federal a existência de conversa, em um grupo de aplicativo de mensagens instantâneas, na qual uma das pessoas afirma que recebeu o valor de R$ 50,00 por ter votado em determinado candidato a vereador [Raimundo Neném] nas eleições municipais. O investigado ainda frisou que, se soubesse que obteria aquele valor, teria avisado a todos os componentes do grupo.


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