O secretário de saúde, Alysson Bestene, participou na noite desta quarta-feira (12) do programa Boa Conversa, do ac24horas, onde falou das ações de saúde, problemas familiares e seu futuro no governo após a saída do comando da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) para assumir a articulação política do governo.
Bestene falou abertamente sobre o desafio de assumir a nova função, a de articulador político, segundo ele, vai tentar alinhar os partidos para a construção de um novo momento político para 2022.
“Primeiro a gente tem esse planejamento já, dentro da Secretaria de saúde em andamento. A gente tem muitas ações ainda para serem entregues durante o ano de 2021. Como é o caso de entrega de ambulâncias, tem tomógrafos para região do Juruá e Alto Acre. Também há equipamentos que envolve UTI. Vamos montar uma UTI em Brasiléia. Tomografia também lá em Brasiléia. Parte de cirurgia, ampliação de serviços de cirurgia para o interior. Então essas ações a gente está planejando agora para criar um cronograma e mesmo com a minha ausência, saindo da Secretaria de saúde, essas ações continuem sendo concretizadas que é um pedido do governador”, argumentou.
Questionado se teria tempo hábil para refazer a união com os demais partidos políticos que ganharam o processo em 2018, o secretário acredita que o diálogo deve ser o caminho para uma nova união no pleito eleitoral do ano que vem. “A gente sabe que a política é dinâmica e precisa do diálogo constante. Eu acho que é isso que a gente tem que trabalhar politicamente. Temos que manter esse diálogo ouvindo os partidos, ouvindo as lideranças, principais lideranças políticas, que fazem parte do governo. Tem muito que contribuir. E às vezes acabam pelas demandas, pelo dia a dia do governo, acaba tendo esse distanciamento dessas lideranças”, explicou.
O gestor acredita que o processo eleitoral de 2020 causou desgaste entre os partidos e o governo. “Acabou se distanciando. A gente percebe né, lideranças que estiveram conosco em 2018, nesse período de 2020 também teve esse distanciamento por conta das eleições municipais. E é importante você ouvir, dá um ombro amigo pra sentir se existe alguma mágoa. Se existe algum descontentamento e busque uma solução”, encerrou.
Alysson considera que a experiência da subsecretária Paula Mariano, faz com que ela seja, no momento, a mais cotada para assumir a pasta da saúde. “A Paula, a equipe como um todo que está lá é uma equipe que já conhece nesse sentido. A dinâmica continuaria. E nós com esse pedido do governador para ajudar nessa parte, nessa composição desse núcleo”.
Alysson destacou que o Acre se preparou para enfrentar a segunda onda, diferente dos demais estados da região norte. “Não chegamos ao ponto de Rondônia e Amazônia. Sempre estivemos à frente na quantidade de leitos, insumos, oxigênio, usina e cilindros”, disse.
O secretário ressaltou que em determinado momento a população assimilou a situação e colaborou para redução de novos casos, internações e óbitos. Bestene confessou que, após a morte da sua mãe, pensou em desistir do cargo, porém, recebeu apoio do governador e da equipe de saúde. “Ele é muito voltado ao povo acreano, independente das questões partidárias. Então ele busca essa relação com a população, busca relação com o povo acreano para se aproximar cada vez mais dessas pessoas que necessitam. Então a gente tá junto com o governador para que a gente consiga enxergar essas ações cada vez mais, se concretizando para aqueles que mais precisam”, encerrou.
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