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A CPI e a política de São Francisco 

A ANUNCIADA RETIRADA das assinaturas dos deputados Fagner Calegário (PODEMOS) e do deputado Jonas Lima (PT) da “CPI da Educação”, não é nenhuma coisa do outro mundo, mas do cotidiano da política. Diz um ditado árabe que: “nunca sente numa cadeira que alguém possa mandar você se levantar. 


A cadeira em que ambos estavam sentados era do Gladson. O Calegário, tem relações diretas e interesses ligados às empresas que trabalham com o governo na área de terceirizados. Recebeu o compromisso do governador Gladson Cameli que, os atrasados serão pagos. Foi o que queria: mel na sua sopa. E retribuiu retirando a sua assinatura. 


Na campanha para a prefeitura de Mâncio Lima, o governador Gladson Cameli apoiou pública e ostensivamente a reeleição do prefeito Isaac Lima (PT), irmão do deputado Jonas Lima (PT). Neste caso, também entrou a política de São Francisco, do é dando que se recebe. Ao pular fora da CPI, o deputado Jonas Lima (PT) apenas pagou um favor político com outro favor político. Ele e o Gladson ficaram no zero a zero.


 Acreditar que, dentro desta narrativa de fatos de interesses pessoais, que ambos ficariam firmes com a CPI, seria acreditar no Papai Noel descendo de trenó puxado por renas em frente ao Palácio Rio Branco. 


Nem o Calegário e nem o Jonas enganaram ninguém, apenas passaram para o lado de quem tinha as maiores cartas na mesa, que era o governo com a sua máquina, e o governador com a caneta na mão. Alguém já disse que a política tem como mola mestre os interesses pessoais, e isso é verdadeiro. 


E assim morreu no parto a CPI que se propunha a fazer investigações na secretaria de Educação. E, mais uma vez, se repete o bordão: o que um político diz hoje, espere até amanhã para saber se faz jogo de cena ou é para valer.


CONVERSA FRANCA


O Gladson marcou uma conversa com o ex-prefeito de Cruzeiro do Sul, Vagner Sales, para o fim de semana. Vão tratar da volta do grupo do Vagner à base do governo.


PRIMEIRA MÃO


POSSO ADIANTAR em primeira mão: o ex-prefeito Vagner Sales, as deputadas Antônia Sales (MDB) e a deputada federal Jéssica Sales (MDB) vão aceitar o convite para reatar a aliança com o governador Gladson. Anotem.


O QUE DISSE O VAGNER


Citou o ex-prefeito Vagner Sales, ao BLOG: “Nunca tivemos problema com o Gladson. Vou lhe receber na minha casa. A Antônia sempre votou com a sua base na Assembleia. E, a Jéssica alocou mais de 40 milhões para o governo. Mesmo assim ele tirou uns carguinhos que as duas tinham no governo, então se tem alguém com o problema não somos nós”.


PORTA ABERTA


SOBRE o retorno do grupo ao governo do Gladson, Vagner enfatizou que, o governador só tem que cumprir o que for acordado na conversa. Não pode fazer o que está fazendo com o MDB, deu uma secretaria e não deixou o partido nomear o seu corpo administrativo.


CONTINUA COMO OPÇÃO


SOBRE a deputada federal Jéssica Sales (MDB) destacou Vagner Sales ao BLOG do CRICA que, ainda é muito cedo, mas a considera uma fortíssima candidata ao Senado.


DUAS PEDREIRAS


PELO QUE FOI DITO nas notas acima, a situação da deputada Antônia Sales (MDB) está resolvida. Pedreira para convencer a voltar à sua base política, o Gladson vai encontrar é nos deputados Roberto Duarte (MDB) e Meire Serafim (MDB). Não creio que os convença.


SINHASIQUE NO PODEMOS


A SECRETÁRIA de Turismo, Eliane Sinhasique, deve ser uma das filiadas ao PODEMOS, já teve uma conversa neste sentido com o presidente da sigla, Ney Amorim.


PARTIDO FORTE


NEY AMORIM disse ontem ao BLOG que pretende montar chapas em todos os municípios, nas quais possa ancorar a sua candidatura a deputada federal, na eleição de 2022.


VOLTANDO PARA A POLÍTICA


O médico Rodrigo Damasceno deve ser uma das conquistas do PODEMOS, para disputar uma vaga de deputado estadual, pelo colégio Tarauacá-Feijó.


NÃO TEM EXPULSÃO


O PT não deve expulsar o deputado Jonas Lima (PT), por  se aliar ao grupo do governador Gladson Cameli. Foi-se o tempo em que, quem tentasse ser infiel era decapitado.


BELO TRABALHO


ELOGIÁVEL, o trabalho que o deputado Jenilson Leite (PSB) vem fazendo em todo estado, de prevenção contra a Covid, com o uso de máscaras. Não fica no discurso.


TOM MAJORITÁRIO


O DEPUTADO Jenilson Leite (PSB) trilha um caminho de andanças políticas próprio, de quem disputará cargo majoritário em 2022. Se cair na graça do povo, é perigoso.


APOSTANDO NA VIRADA 


O EX-SENADOR Jorge Viana me disse ontem estar num “intensivão”…. falando com muita gente! “Acho que vamos ter uma virada em 2022, há muita decepção e descontentamento”. Está em jogo para disputar o governo. E, não o tratem como um boi morto.


ZEN, O PRAGMÁTICO


“Vi com naturalidade. O PT tem se tornado um partido cada vez mais democrático com respeito às posições dos seus membros”. Do deputado Daniel Zen (PT), sobre o deputado Jonas Lima (PT) implodir a “CPI da Educação”.


OUTRA VISÃO


O DEPUTADO Roberto Duarte (MDB) tem outra visão sobre as defecções de deputados na CPI. “Pensaram em si próprio e não no estado. Interesses pessoais acima do coletivo”, disparou Duarte.


O PODER PESA


O PODER pesa e é para ser usado. Foi exatamente o que fez o governador Gladson Cameli ao detonar a “CPI da Educação”. Na política, quem governa dá o tom do jogo.


FECHADO EM COPAS


A prefeita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), entrou em muda, não disse nada ainda se continua no PT ou vai se juntar ao grupo do governador Gladson. O melhor para ela seria se definir já, e sair do furacão das especulações.


DESGASTE GRANDE


ESTE seu silêncio tem lhe causado um desgaste grande.


FRASE MARCANTE


“As pegadas na areia do tempo não são deixadas por quem está sentado”. (Ditado bérbere)


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