Após intenso debate interno entre lideranças e apoiadores durante o final de semana e parte desta segunda-feira, 10, os deputados Jonas Lima (PT) e Fagner Calegário (Podemos) sinalizaram com a retirada de suas assinaturas do requerimento protocolado no dia 20 de abril criando uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar supostas irregularidades na Secretaria de Educação no período de 2019 a 2020, na gestão do então secretário Mauro Sérgio.
Com a retirada das duas assinaturas, o grupo que organizou a CPI composto por membros da oposição e independentes contarão com apenas 7 assinaturas, sendo que 8 são necessários a instalação da Comissão. Com isso, a CPI da Educação patrocinada pela base do governo que pretendia investigar a educação entre os anos de 2016 a 2020, englobando a gestão do PT, deve ser retirada.
Nos bastidores, a informação que circula é que tanto Jonas como Calegário, que foram eleitos por grupos políticos que detém dezenas de contratos no governo no ramo da construção civil e também nos serviços terceirizados, estão sendo pressionados nos últimos dias.
Insatisfeito no PT, Jonas deverá ir junto com o irmão, o prefeito de Mâncio Lima, Isaac Lima, para o Progressista, partido do governador Gladson Cameli. Sua família é detentora de vários contratos na administração pública e o Palácio Rio Branco mantém uma parceria forte em seu reduto eleitoral, que é a região do Juruá.
Já Calegário teria tido encontros com o governador Gladson Cameli e teria sido voto vencido no sindicato das empresas terceirizadas, que pediu para ele a retirada da assinatura. Os empresários temem os efeitos de uma CPI levando em conta a possibilidade do congelamento de pagamentos para as empresas, que mesmo tendo uma passivo de pouco mais de R$ 10 milhões a receber, já começaram a receber gradativamente. Estima-se que o governo do Estado já teria pago 30% da dívida nos últimos dias. Outro fator preponderante para a retirada da assinatura, foi o fato da ex-prefeita Socorro Neri assumir a gestão nada educação e sinalizar que honrará todos os pagamentos assim como fez em sua gestão em Rio Branco.
A retirada de assinaturas ainda não foi oficializada. O ac24horas apurou que Jonas estaria esperando Calegário retirar a assinatura para assim oficializar o seu ato. Ainda não se sabe quais justificativas públicas para o ato e nem como será a recepção dos demais 7 deputados que assinaram a Comissão.
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