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Conheça a história da mulher que mesmo tendo que cuidar de uma filha deficiente, encarou o desafio de adotar uma outra filha

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A dona de casa Micélia Moraes, 13 anos atrás, realizava o sonho de ser mãe. O sonho era perfeito, afinal, o desejo era realmente uma menina. Um ano após Eleandra Victoria nascer, veio o susto. A bebê tão esperada tinha nascido especial. “Foi um baque pra mim aceitar. Era o sonho da minha vida ter uma filha e Deus me deu, mas com paralisia cerebral. O meu questionamento não era por preconceito, era por medo. Eu achava que não ia conseguir cuidar de uma criança especial.


A partir daí, a vida de Micélia se resumiu em uma coisa: dedicar 24 horas do seu dia para cuidar de Victoria. “Deus me deu força e hoje considero a minha filha a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Não é fácil, a luta é constante. Tem dias que eu choro com medo de Deus levar ela de mim. Posso dizer que realmente a minha filha é especial”, diz a mãe.

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Separada, Micélia cuida só da filha, que por conta das sequelas de uma paralisia cerebral ao nascer prematura de seis meses não anda e precisa da ajuda da mãe para realizar todas as atividades. Hoje, aos 13 anos, Victoria estuda mesmo com todas suas limitações e é conhecida no bairro onde mora em Rio Branco por adorar distribuir sorrisos.


Quem é mãe sabe da barra que é cuidar de um filho. Em se tratando de um especial é de se imaginar a entrega necessária, já que no caso de Victoria há uma dependência total em relação à mãe.


Mesmo assim, por mais que incrível que pareça, Micélia se tornou mãe mais uma vez. Desta vez, 10 anos atrás, foi uma decisão do coração. Ao saber que a pequena Maria Clara, que tinha apenas 3 anos, seria levada para o Educandário Santa Margarida para adoção, não teve dúvidas e acabou ganhando mais uma filha. “Lembro que a Victoria também só tinha três anos e eu soube que uma sobrinha minha ia para o Educandário. Na hora meu coração não teve dúvidas de que eu precisava adotar aquela criança”, disse.



Hoje, Victoria e Maria Clara são irmãs e Micélia diariamente enfrenta o desafio de cuidar, proteger e ser mãe de duas adolescentes.


Maria Clara é a típica menina que está entrando na fase da pré-adolescência. Vaidosa, gosta de andar sempre arrumada, ama as redes sociais, mas demonstra que mesmo agradecida pela adoção e certa que é amada, ainda existem mágoas pelo passado.


“Sinceramente eu agradeço muito por ter uma mãe. Ela é uma pessoa incrível e dói quando lembro que posso perder ela ou que o destino pode nos separar porque nada e pra sempre. Já sobre a minha irmã, não há lugar melhor do que conviver com ela, está com ela, sentir a alegria de todos os dias. Acho que eu não saberia viver no mundo sem ela. E sobre a minha mãe biológica, sinto muito a sua falta, mas percebi que somos melhores sendo eu e você , e não nós. Que bom que ela está seguindo sua vida”, diz Maria Clara.


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