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Copom eleva taxa básica de juros de 2,75% para 3,5% ao ano

Hispanic businessman looking through binoculars
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (5) elevar a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 2,75% para 3,5% ao ano.


A decisão já era esperada por analistas do mercado financeiro. Isso porque o BC já havia indicado em março, e reiterado nas últimas semanas, que a taxa avançaria 0,75 ponto percentual em maio.

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Em comunicado, o comitê explicou que o aumento nos juros se deve à inflação de alimentos e bens industriais. Além disso, o Copom avaliou que o avanço da vacinação contra a Covid-19 deve impulsionar a recuperação da atividade econômica no Brasil ao longo do ano.


Para o Copom, o ritmo de crescimento da economia brasileira ainda é incerto. “Mas aos poucos [o nível de incerteza] deve ir retornando à normalidade”, afirma.


Este foi o segundo aumento seguido da Selic. Em março, o Copom elevou a taxa de 2% para 2,75% ao ano, aumento além do esperado à época pelo mercado financeiro..


Os analistas das instituições financeiras estimam que a taxa subirá mais nos próximos meses, atingindo 5,5% no fim de 2021, e 6,25% no fim de 2022


Como a decisão é tomada

O Copom fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação, fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.


Para 2021, a meta central é de 3,75%. Pelo sistema de metas, a meta será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25% em 2021.


Para o ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.


Para este ano e para 2022, respectivamente, o mercado financeiro estima um IPCA de 5,04% e de 3,61%, respectivamente.


Economistas avaliam que a alta recente da inflação está relacionada com o aumento dos preços dos alimentos, combustíveis e do dólar, que torna os insumos e os produtos importados mais caros. O BC tem avaliado que o aumento de preços é temporário.


Consequências

O processo de alta dos juros, que teve início em março e deve prosseguir nos próximos meses, segundo especialistas, gera algumas consequências para a economia. Veja abaixo:


Uma taxa básica mais alta gera reflexos nos juros cobrados pelos bancos, que já vêm sendo pressionados pelos “riscos fiscais” – aumento de gastos públicos – e também pela previsão de alta da inadimplência, além do quadro político e do ritmo lento da vacinação contra a Covid-19.


A elevação da taxa de juros também influencia negativamente o consumo da população e os investimentos produtivos, impactando, assim, o emprego e a renda.


A alta do juro básico também aumenta a remuneração das aplicações financeiras no Brasil, estimulando o ingresso de recursos na economia e atenuando as pressões de valorização do dólar. Após o aumento da Selic para 3,5% ao ano, a remuneração da poupança, por exemplo, passa a ser de 2,45% ao ano mais variação da taxa referencial.

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O aumento na taxa Selic também gera elevação de despesas com juros da dívida pública. Segundo analistas, a eventual alta da Selic de 2% para 5,5% ao ano, prevista pelos analistas do mercado para 2021, geraria uma despesa adicional de cerca de R$ 110 bilhões com juros da dívida (se mantida em 12 meses).


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