Categories: Destaque 6 Notícias

Endividamento dos mais pobres cresce e volta a patamar recorde

Por
Com informações do G1

Com a redução do valor do Auxílio Emergencial e o mercado de trabalho afetado pela pandemia de coronavírus, o endividamento dos brasileiros mais pobres deu um salto e voltou a patamar recorde.


Em abril, 22,3% da população com renda de até R$ 2.100 se dizia endividada, segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).


Esse mesmo patamar de endividamento para a classe mais baixa só foi observado em junho de 2016, quando o Brasil enfrentava uma combinação de crise política e econômica por causa do processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. A série histórica do levantamento do Ibre começa em maio de 2009.


Nos últimos meses, o endividamento cresceu para todas as faixas de renda, mas o quadro tem sido dramático para os mais pobres porque a capacidade desse grupo de construir uma poupança precaucional – recursos destinados para algum imprevisto – é bem menor.


“Na verdade, não é nem uma poupança. É guardar um dinheiro este mês para poder pagar as suas contas no mês que vem e ter um pouco mais de tranquilidade”, diz Viviane Seda, pesquisadora do Ibre.


Quadro deve piorar

A fraqueza da atividade econômica e, consequentemente do mercado de trabalho, deve fazer com que o orçamento das famílias ainda continue bastante fragilizado.


Os últimos dados mostram a taxa de desocupação do país em 14,4%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É o maior patamar já registrado. São 14,4 milhões de desempregados.


“No ano passado, a renda do emprego foi compensada pelo Auxílio Emergencial, mas este ano deve ser apenas parcialmente compensada”, afirma Luiz Rabi, economista da Serasa. “Isso gera um buraco no orçamento das famílias.”


De fevereiro para março, a Serasa computou mais de 1 milhão de inadimplentes no país, para 62,56 milhões de pessoas. Foi o segundo maior avanço mensal de toda a série histórica.


“Esse aumento de março foi um sinal de que a tendência de alta continua ao longo do ano”, afirma Rabi. “Nos primeiros seis meses deste ano, a inadimplência vai para cima.”


No recorte por setor, a inadimplência apurada pelo Serasa é maior nos gastos com cartão de crédito e em contas básicas, como água e luz.


Share
Por
Com informações do G1

Últimas Notícias

  • Acre

Nível do Rio Acre chega a 11,47m na última medição deste sábado

O nível do Rio Acre continua subindo na capita acreana. Conforme a Defesa Civil, a…

28/12/2024
  • Extra Total

VÍDEO: militar aposentado e filho PM sacam arma para coronel durante bate-boca em farmácia de Rio Branco

Uma confusão por pouco não termina em tragédia na tarde deste sábado, 28, em uma…

28/12/2024
  • Destaque 2

Gladson defende composição do PP com Joabe Lira na presidência da Câmara

O governador Gladson Cameli (PP) afirmou em entrevista coletiva neste sábado, 28, ser favorável à…

28/12/2024
  • Destaque 1

Bocalom e Kellen Nunes se casam em Rio Branco em cerimônia na Igreja Santa Inês

O prefeito Tião Bocalom (PL), 71, oficializou o matrimônio com a advogada Kellen Nunes, 47,…

28/12/2024
  • Destaque Entretenimento

Grávida, Bruna Biarcardi fala de julgamentos na internet: ‘Não se colocam no lugar das outras’

Esperando a segunda filha com Neymar, Bruna Biancardi falou sobre os julgamentos e críticas que…

28/12/2024
  • Televisão

Sabrina Sato relembra “dor profunda” ao perder bebê

Sabrina Sato, de 43 anos, abriu o coração ao falar sobre a experiência dolorosa de…

28/12/2024