O aumento expressivo nos preços dos alimentos pode comprometer ainda mais a qualidade da dieta brasileira. Isso porque os itens mais saudáveis, como carnes, ovos e grãos, estão tendo aumentos maiores do que os produtos ultraprocessados.
Vale notar ainda que a crise econômica em que o país está tem deixado milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. Em outras palavras, grande parte da população não come tanto quanto deveria ou, o que é ainda pior, vive em circunstância de fome.
Segundo levantamento do Grupo de Pesquisa Alimento para Justiça¹, 44% dos brasileiros diminuíram o consumo de carne e 41% reduziram o de frutas em 2020 – quando as informações foram coletadas.
Outra pesquisa ainda mais alarmante foi feita pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. De acordo com esse estudo, além de quase metade da população ter enfrentado algum problema para se alimentar, 19 milhões passaram fome no último trimestre de 2020.
Diversos fatores contribuíram para o país chegar a essa condição. O primeiro deles foi a própria crise econômica causada pela pandemia. Por conta da necessidade de distanciamento social, diversas empresas tiveram que fechar as portas e, consequentemente, precisaram demitir profissionais. O efeito foi em cascata e afetou vários segmentos, sobretudo os que não puderam manter as atividades em home office.
Enquanto a renda dos brasileiros caía, por outro lado, o preço dos alimentos subia. O arroz e o feijão que são itens básicos do dia a dia, por exemplo, aumentaram 60% nos últimos 12 meses, segundo o FGV². Já a carne bovina acumula alta de 29,5%.
Os preços sempre impactaram as compras dos brasileiros, porém, nos últimos meses, isso ganhou uma importância ainda maior. Como a diferença nos valores pode ser alta, a tendência é que os consumidores comparem mais antes de concluírem as compras.
Segundo o Porta Folhetos, referência no segmento de panfletos online, a disparidade de valores pode ser grande. Um kilo de feijão no Assaí Atacadista³, por exemplo, pode sair por R$ 5,45, já no Dia é possível encontrar um de outra marca por R$ 6,29.
A diferença de menos de R$ 0,80 pode até parecer pequena. No entanto, em uma compra do mês, para uma família com mais de três pessoas, por exemplo, o impacto pode ser grande, principalmente agora que a inflação está elevando o preço de muitos produtos e serviços.
Além do custo da cesta básica, o brasileiro ainda enfrenta outros desafios, como o aumento de 32% no IGP-M (índice que regula os contratos de aluguéis), alta acumulada de 50% este ano na gasolina e muito mais. Então, não é apenas o preço dos alimentos que está pesando no orçamento doméstico.
Como visto, o aumento de preços nos alimentos tem salgado a dieta da população brasileira. Enquanto quase metade do país diminui o consumo de carnes e outros produtos, cerca de 19 milhões estão próximos ou já em situação de fome.
Fontes:
1 – Pesquisa sobre insegurança alimentar, publicada no Jornal Nexo
2 – Levantamento do preço do arroz e do feijão publicado na IstoÉ Dinheiro
3 – Preços dos alimentos no Encarte Assaí e publicado no Portal Folhetos.
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