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Remédio para hepatite C pode ser eficiente contra Covid-19, prevê estudo da Fiocruz

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Dois medicamentos usados contra a hepatite C se mostraram eficazes ao inibir a replicação do Sars-CoV-2 em estudos com células em laboratório, com a pesquisa entrando agora em sua fase 2: o teste em pacientes.


Os resultados desta primeira fase do trabalho, liderado por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), foram publicados dia 21 de abril em artigo na Journal of Antimicrobial Chemotherapy, da Oxford Academic. Os resultados da fase 2 possivelmente serão conhecidos no segundo semestre deste ano.


O estudo, iniciado no ano passado, partiu de semelhanças entre o novo coronavírus e o vírus da hepatite C. Se esses dois medicamentos eram eficazes contra um, também poderiam apresentar resultados contra o outro, explica Thiago Moreno, pesquisador do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) e coordenador do estudo que resultou no artigo Atividade antiviral in vitro dos medicamentos anti-HCV daclatasvir e sofosbuvir contra Sars-CoV-2, o agente etiológico da Covid-19.

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A pesquisa mostrou que o daclatasvir foi pelo menos sete vezes mais potente do que o sofosbuvir e que, inclusive, ajudou o segundo a ganhar potência. O sofosbuvir inibe a síntese de RNA viral por agir diretamente na enzina que ajuda no processo de multiplicação do vírus. Já o daclatasvir não só inibiu a síntese de RNA viral, como atrapalhou o processo em que o vírus multiplica seu material genético dentro da célula. “Ele facilitou que certas estruturas do RNA viral, que precisam estar bem modeladas, se dispersassem. Com isso, essa enzima que faz a multiplicação do material genético do vírus não conseguiu funcionar adequadamente”, observa Moreno.


(Fiocruz)


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