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Clima esquenta após CPI ser protocolada e sessão é marcada por guerra entre governo e oposição

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A protocolização de requerimentos criando duas CPIs para investigar a secretaria de educação foi o estopim para uma sessão tensa na Assembleia Legislativa do Acre nesta terça-feira, 27. O deputado Roberto Duarte (MDB) abriu os trabalhos disparando uma série de críticas ao líder do governo, deputado Pedro Longo (PV).


Um dos principais articuladores da CPI da Educação protocolada na semana passada, o emedebista afirmou que vai assinar a criação da CPI do governo também. “Não tenho medo de investigar nada”, frisou.


Ele criticou a declaração do líder do governo, Pedro Longo, quanto à falta de clima no Acre para criação de CPI. “Muito me estranha seu pedido”, disse, comparando a declaração com mais um requerimento de CPI para apurar irregularidades na Educação do Acre.

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Duarte estranhou também a declaração do governador Gladson Cameli, que vê possibilidade de o Acre ficar sem recursos com a CPI. “Medo!”, vociferou o deputado do MDB. Ele acusou o Lìder do Governo de fazer ameaças aos deputados. “Vossa Excelência está nos decepcionando”, disse, acusando Pedro Longo de não ter palavra.


Já o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) disse que nos últimos dias o prato principal da política foi a proposta da CPI na Secretaria de Educação. Para ele, o simples fato de propor a CPI, depois de uma demorada espera de fatos escandalosos, é algo importante.


“Vários fatos marcaram o período até chegar à CPI, incluindo a pressão pelo pagamento das empresas terceirizadas do governo. O segundo milagre é que o governo enxergou a falta que fazem alguns parlamentares na sua base e o péssimo acordo que fez o MDB, além da necessidade de diálogo com os seus”, disse, comparando com Milagre de Santa Luzia, o de fazer enxergar as coisas.


“Nunca na história deste governo a base aliada tinha feito uma reunião tão demorada. Por isso, a base poderia mandar um ´zap´ dizendo ´valeu, obrigado´ para os deputados da oposição”, disse Edvaldo.


Para uma outra CPI, Edvaldo afirmou que não há problema, mas a Mesa Diretora tem de ficar atenta que a Aleac é uma Casa de diálogos. “Nós vamos debater tudo. O que não tiver acordo, aplica-se o regimento”.


Em sua defesa, o deputado Pedro Longo disse que preferia falar sobre vacinas e citou a rejeição da vacina Sputnik pela Anvisa. Ele também enfatizou querer discutir a reabertura da economia e outros projetos, mas entende que a CPI da Educação está na pauta.


“Vou ignorar os ataques pessoais. Sempre disse que essa CPI é inoportuna e sem apelo popular e continuo com essa impressão”, disse, afirmando que a Comissão pode ser usada quando a não investigação e citou uma declaração feita pelo deputado Daniel Zen quando houve a um debate sobre a CPI da Sehab.


Ele usou outra declaração do petista para contextualizar o caso da CPI da Educação e reafirmar que a CPI é inoportuna e desnecessária, já que o tema corrupção na Educação vem sendo investigado por diferentes órgãos de controle.


“Se ocorrer, no entanto, não pode ser uma CPI carimbada só nos dois anos. Se tiver de investigar o faremos de forma ampla. O que está sendo investigado é matéria requentada”, afirmou Longo.


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