Dos nove deputados ligados à oposição e ao bloco de independentes que assinaram o requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que visa investigar eventuais irregularidades na Secretaria de Educação na gestão de Gladson Cameli, pelo menos três foram sondados sobre a possibilidade da retirada do apoio ao ato.
O ac24horas apurou que no último final de semana os telefones de parlamentares da região do Juruá foram alvos de contados de assessores palacianos, mas até o momento, nenhum aventou a possibilidade de deixar a CPI.
Enquanto isso, a base do governo da assembleia legislativa se encontra reunida durante todo o dia disparando ligações que possam influenciar outros deputados, mas caso isso não ocorra, um grupo já arquiteta a criação de uma CPI da Educação com o prazo estendido, não apenas na gestão de Cameli, mas que abrangesse até 2014 e não 1990 como o governador chegou a cogitar.
Dos três sondados pelo governo, pelo menos dois “balançaram” suas estruturas para eventual retirada, mas o ato ainda não foi definido. A base governista aguarda até as primeiras horas desta terça-feira, 27, para pôr fim à CPI ou protocolar a investigação com prazo estendido para outras.
Proposta pelo deputado Daniel Zen (PT), a CPI foi assinada pelos deputados Roberto Duarte (MDB), Antônia Sales (MDB), Meire Serafim (MDB), Neném Almeida (Sem Partido), Fagner Calegário (Podemos), Jonas Lima (PT), Jenilson Leite (PSB) e Edvaldo Magalhães (PCdoB).
Coordenado pelo líder do governo, deputado Pedro Longo (PV), o secretário extraordinário de assuntos estratégicos do governo, Moisés Diniz, e o Secretário da Casa Civil, Flavio Silva, o encontro desta segunda-feira, 26,que reuniu os 15 parlamentares da base do governo serviu para tentar reforçar os laços políticos do palácio Rio Branco com sua base que está fragilizada. O governador Gladson Cameli não participou da reunião.
Na reunião, a CPI da Educação não foi o ponto principal da resenha entre os parlamentares, mas serviu para o governo entender a importância de ter base sólida na assembleia, haja vista que das 9 assinaturas, pelo menos 4 poderiam ter sido evitadas já que Antônia Sales, Meire Serafim, Neném Almeida e Fagner Calegário apoiavam o governo.
Os deputados aproveitaram para apontar algumas insatisfações com o Palácio e cobraram também maior empenho já que as eleições de 2022 estão próximas.
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