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Com isolamento caindo para 41%, morte por Covid cresce no Acre

Fotos: Sérgio Vale/ac24horas.com
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Foto: Sérgio Vale/ac24horas.com


Em março de 2021 completou-se um ano da adoção de medidas de distanciamento social no Brasil, desde que a primeira destas foi adotada pelo governo do Distrito Federal em 11 de março de 2020.

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Desde então, o governo do Acre e as prefeituras responderam – em maior ou menor grau – à pandemia da Covid-19 por meio da adoção de medidas de distanciamento social. Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que em um ano, o isolamento social do Acre caiu 41%, queda muito superior à média nacional de 25%.


No diagnóstico do Ipea, em abril de 2020 o isolamento social do Acre registrou média de 7,1 em uma escala que vai até 10. Em março de 2021, esse índice foi de 4,1.


Quanto aos óbitos, morreram 19 pessoas por Covid-19 no período de 1 a 30 de abril de 2020 no Acre. Já no período de 1 a 30 de março de 2021 foram 255 mortos.



Em um contexto, a responsabilidade dos governos estaduais pela adoção de tais medidas foi, na prática, a mais significativa entre as adotadas pelos três níveis de governo.


Ao contrário do ocorrido tanto antes como durante a primeira onda da pandemia da Covid-19, a introdução de medidas rígidas de distanciamento por ocasião da segunda onda aconteceu – na maior parte do país – apenas após decorridos vários dias de sua manifestação e, em alguns casos, nem mesmo quando os números de óbitos cresciam de maneira acelerada. Ou seja, governos agiram de forma sobretudo reativa em relação à segunda onda, diferentemente da atuação preventiva observada antes e durante a primeira onda. Tal padrão de decisões indica também que governos acabam por adotar, em algum momento, medidas rígidas de distanciamento: trata-se, muitas vezes, de um “último recurso”, adotado quando os sistemas de saúde se encontram em situação crítica e não se vislumbram, no curtíssimo prazo, opções adicionais para a resolução da situação. Ademais, em função de longos períodos prévios de isolamento, é possível que grande parte da população esteja experimentando uma “fadiga”, o que diminui sua adesão a normas de distanciamento, ainda que a pandemia se manifeste substancialmente mais grave durante a segunda onda.


“Com base nos dados apresentados recomenda-se que governos considerem com urgência o enrijecimento das medidas de distanciamento, assim como a adoção de parâmetros claros e objetivos para guiar decisões pelo enrijecimento ou relaxamento das medidas de distanciamento”, diz o Ipea.


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