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Cobija tem caso confirmado de doença de Chagas em grávida

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O Serviço Departamental de Saúde de Pando (Sedes), que corresponde à Secretaria de Estado de Saúde no Acre, confirmou na noite desta segunda-feira, 19, a informação de que uma grávida foi diagnosticada com doença de chagas na capital, Cobija.


O ac24horas falou com o médico responsável pelo programa de doença de Chagas do Sedes Pando, Juan Pablo Choque, que ratificou a informação que já havia sido divulgada por alguns veículos da imprensa local durante o fim de semana.

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Sem dar detalhes a respeito do quadro da paciente, Choque disse que ainda estão sendo revisadas as circunstâncias da contaminação e das medidas que estão sendo tomadas para o caso. Inicialmente, o objetivo é evitar que a doença chegue ao feto.


No ano passado, 16 casos de doença de Chagas foram diagnosticados na capital de Pando. Neste ano, as limitações ao atendimento de saúde impostas pela pandemia do novo coronavírus podem esconder uma quantidade maior.



A Bolívia é o país com a maior incidência de doença de Chagas no mundo. Causada pelo protozoário Trypanosoma Cruzi, é a moléstia parasitária que mais mata nas Américas, com cerca de 10 a 15 milhões de pessoas contaminadas e 14 mil mortes por ano.


O principal vetor é o barbeiro, inseto de aparência e agilidade semelhantes a uma barata, chamado de vinchuca nos países de língua hispânica, que se esconde nas frestas de casas feitas de adobe, uma mistura de barro, capim e estrume.


As vinchucas convivem há gerações com a população pobre da zona rural da Bolívia. Mas o problema não é restrito às áreas rurais do país vizinho. A doença de Chagas é endêmica em 21 países da América Latina, entre eles o Brasil.


No Acre, casos de doença de Chagas têm sido registrados nos últimos anos, com o Departamento de Vigilância em Saúde do estado considerando que em algumas situações a contaminação pode se dar por ingestão, por meio de alimentos como o açaí.


Cerca de 70% dos casos têm como via de contágio o consumo de açaí contaminado, segundo estudo de um grupo de pesquisadores de várias universidades federais, entre elas a do Acre (Ufac), publicado em 2020 no jornal científico Clinical Infectious Diseases.


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