Menu

Pesquisar
Close this search box.

Ponte do Madeira tornará rota de exportação de soja no Acre ideal para alavancar economia

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

“Onde a soja entra espalha riquezas e os resultados econômicos e sociais são sempre positivos”. Essa é a análise do presidente da Federação de Agricultura do Acre (FAEAC), Assuero Veronez, com relação ao recorde da balança comercial do Acre no primeiro trimestre do ano.


A colheita recorde da safra de soja e a exportação do produto deram o maior superávit trimestral na balança comercial do Acre desde 1997. As exportações subiram 100%, no caso da soja, saiu de US$ 140 mil nos meses de janeiro e fevereiro para US$ 2,7 milhões em março. Os dados são do Ministério da Economia. Com isso o Acre fechou o primeiro trimestre com saldo positivo de US$ 12,1 milhões.

Anúncios


Veronez chama atenção para o avanço logístico que tirou 50% do transporte de soja do arco noroeste, para as hidrovias do Madeira e Tapajós, no Norte. “Antes tudo que se produzia aqui ia desembarcar em Santos, agora temos as rotas consideradas Mississipis da Amazônia”, acrescentou.



Um dos pioneiros no plantio de soja no Acre, Veronez se refere aos investimentos feitos por grandes tradings exportadoras de grãos nas hidrovias da Amazônia, uma oportunidade de tornar a soja produzida na região, muito mais competitiva, melhorando a eficiência do negócio.


Com 1,5 quilômetro de extensão, a hidrovia do Madeira é a maior da região. Começa em Porto Velho com a capacidade de movimentação de até 12,5 milhões de toneladas em cargas. Com a inauguração da ponte sobre o Rio Madeira, o produto do Acre vai se tornar ainda mais competitivo.



Segundo a reportagem apurou, o custo de transporte hidroviário nos Estados Unidos, do Meio-Oeste até o Oceano Atlântico, é em média 18 a 20 dólares. Para o Pacífico, por ferrovia chega a 33 dólares. No Brasil, um frete rodoviário do Mato Grosso ao porto de Santos custa 79 dólares.


“A inauguração da ponte vai tornar o corredor de exportação em rota ideal, fantástica para alavancar de vez o setor produtivo. Falamos de economia de tempo e dinheiro”, destacou Veronez.


Para o secretário de produção e agronegócio do governo do Acre, Nenê Junqueira, os resultados são frutos de investimentos na política de produção agrícola. “A tendência é que esses números continuem crescendo” disse Junqueira.


Dados do IBGE apontam que o Acre nos dois primeiros meses do ano superou em 17% a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas colhida em 2020. Produziu em 2020, um total de 97.124 toneladas durante o ano todo. Já em fevereiro, esse número aumentou para 111.652 toneladas e em março seguiu aumentando, registrando uma colheita de 113.628 toneladas. Um aumento de mais de 1,9 mil toneladas entre um mês e outro.


São 10 mil hectares de soja plantadas em duas safras, a previsão de colheita de 600 mil sacas, o equivalente a 36 mil toneladas. O produto contribui para o recorde na safra de grãos em 2021, devendo totalizar 264,9 milhões de toneladas, 4,2% (10,7 milhões de toneladas) acima da obtida em 2020 (254,1 milhões de toneladas).



O Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre chancela as declarações de Junqueira, mas, ressalta que o maior desafio é a manutenção desse crescimento. A Câmara Técnica deverá se reunir através de videoconferência para debater os principais gargalos do setor.


“Os números são otimistas e, ao mesmo tempo, nos remetem a certas preocupações, o grande desafio é o da manutenção desse crescimento. Nesse sentido o Fórum vai abrir um diálogo com o setor para a apresentação das prioridades de manutenção dessa agenda de desenvolvimento”, disse José Adriano, presidente da FIEAC.


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido