O vice-governador Wherles Rocha (PSL) publicou um vídeo nas redes sociais nesta terça-feira, 13, se mostrando reticente em relação a auditoria aberta pelo governador Gladson Cameli (Progressistas) para apurar os contratos feitos pela Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE) nos últimos dois anos.
A abertura da auditoria por Cameli ocorre após a SEE ser alvo de três operações policiais: uma envolvendo suposto desvio da merenda, outra envolvendo a compra superfaturada de computadores e por último a de desvio na compra de cestas básicas. Todas elas resultaram em prisões de empresários e servidores do quadro da SEE.
Para Rocha, as prisões podem ser apenas a ponta do iceberg de um esquema muito maior e que envolve diversas situações suspeitas. “Essas podem ser apenas a ponta do iceberg de um “esquemão” muito maior e que envolve diversas situações suspeitas. Situações como a compra de livros (quase R$ 15 milhões) que poderiam ser adquiridos junto ao Governo Federal a custo zero”, afirmou.
Em outro trecho do vídeo, Rocha criticou a permanência de servidores denunciados pelo Ministério Público em cargos de chefia na SEE e lançou suspeitas acerca da isonomia da auditoria da Controladoria Geral do Estado (CGE).
Marcio Matos Mourão e Javã Costa de Souza, servidores da SEE, foram denunciados pelo envolvimento em fraudes de licitações públicas na Secretaria de Educação na contratação da empresa C. Com Informática Imp. e Exp. Comércio e Indústria Ltda. A Operação investiga um suposto superfaturamento de R$ 2,4 milhões em um contrato de compra de 2 mil computadores adquiridos pelo Estado em 2019.
“Servidores denunciados pelo Ministério Público por corrupção continuam ganhando gratificações e na chefia de cargos comissionados. Márcio Mourão, ex-subsecretário, professor 30 horas Classe II, lotado no Gabinete do Secretário, ganhou até o mês passado R$ 12.829,06. Outro servidor denunciado pelo Ministério Público por corrupção, Javã Souza Costa, continua como Chefe de Departamento e ganhou até o mês passado R$ 10.500,00. Restam os questionamentos: Quem está protegendo os servidores denunciados? Quem eles podem estar protegendo? Quem é o figurão (ou figurões) do governo que segurou a gratificação e o cargo de chefia dos servidores denunciados pelo Ministério Público? Será que a Controladoria Geral do Estado, aquela que não teve competência para evitar as supostas fraudes, vai conseguir auditar de forma isenta?”, indagou.
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