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“Não somos máquina”, diz médico acreano sobre exaustão de profissionais de saúde na pandemia

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Os profissionais de saúde estão exaustos após um ano de pandemia no Acre. No Brasil, uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas e Fiocruz mostra que oito em cada dez (80,2%) sentem impactos negativos na saúde física e mental.


A 4ª fase da nota técnica “A pandemia de Covid-19 e os(as) profissionais de saúde pública no Brasil” diz que na linha de frente e em contato direto com a população, os profissionais de saúde brasileiros estão constantemente expostos ao risco de contaminação do vírus da Covid-19.

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Segundo o estudo, a ameaça “invisível”, a imprevisibilidade da doença e o iminente colapso do sistema são narrados pelos respondentes como principais catalisadores das sensações de insegurança e o medo de contaminação – não só sua, mas de entes queridos como familiares, amigos e colegas de trabalho. Por um lado, 96,6% dos profissionais que responderam à pesquisa afirmaram conhecer algum colega de trabalho com suspeita ou diagnosticado com Covid-19 e 31,2% informaram que já foram contaminados com a doença.


Ao comentar a pesquisa, o médico Theobaldo Dantas, do Sindicato dos Médicos do Acre, disse ao ac24horas que os profissionais se sentem abandonados pelas instituições e pela Secretaria de Estado da Saúde. “Os organismos que representam as mais variadas categorias da saúde, já perceberam que existem apenas jogos de palavras, são heróis, etc…ofertam uma compensação de insalubridade, como o dinheiro reconstruísse os danos psicológicos causados pelo estresses”, disse Dantas.


Segundo ele, profissionais contraíram o vírus, ficaram com sequelas e convivem com o aumento das cobranças. “Saliento que somos humanos sofremos com cada perda. Existem colegas que saíram dos serviços Covid19, por não suportar tanto sofrimento do próximo. outros afastados. Não somos máquinas. Instituições compram serviços porém não se preocupam com o bem estar do profissional. Infelizmente”.


O estudo traz série de sugestões na tentativa de melhorar as condições dos profissionais, entre as quais garantir de forma efetiva políticas de suporte emocional e psicológico para os profissionais da ponta utilizando estratégias que facilitem o acesso.


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