O secretário da Zeladoria de Rio Branco, Joabe Lira, afirmou nesta quinta-feira (8) que a prefeitura assinou contrato com empresa homologada na gestão da ex-prefeita, Socorro Neri (PSB), para prestar o serviço de roçagem, limpeza pública e desobstrução de esgoto na capital.
O contrato é com a F.M Terceirização Eireli, que deverá receber, em 12 meses de serviço, R$ 4.359.986,40.
Segundo termos do contrato, a empresa poderá contratar até 135 trabalhadores (garis e margaridas), mas, no momento, serão contratados 105 pessoas para prestar o serviço de roçagem, limpeza pública e desobstrução de esgoto.
“O novo contrato que fizemos agora especifica que os trabalhadores serão pagos por posto de trabalho. Conseguiremos assim, inicialmente, empregar 105 novos garis, podendo chegar até 130, dependendo da necessidade,” informou Lira em contato com a reportagem do ac24horas.
A assessoria jurídica da Zeladoria da capital informou que o contrato homologado está dentro da lei e dos termos pretendidos pelo prefeito Tião Bocalom. “Não constatamos nenhuma irregularidade, portanto, só assinamos o contrato”, disse.
Os técnicos do órgão reiteraram ainda que, a preferência pela contratação por postos de trabalho, tem por objetivo dar garantias aos funcionários e evitar possíveis atrasos em salários.
Recentemente, a prefeitura de Rio Branco chegou a atrasar dois meses de salários dos servidores de empresas terceirizadas da Zeladoria da capital, por conta que, segundo a atual gestão, as empresas estavam pedindo valores superiores ao estipulado em contrato. Ou seja, uma delas pediu R$ 400 mil em pagamento, porém, a prefeitura repassou apenas R$ 205 mil.
Após a polêmica, o prefeito ressaltou que todos os contratos feitos nos últimos cinco anos seriam avaliados pelos órgãos de controle.
Acontece que, após toda a confusão, a atual prefeitura decidiu dar continuidade ao contrato firmado na gestão anterior. Nas redes sociais, o assunto está gerando repercussão, tanto que o ex-deputado estadual Luiz Calixto frisou que Bocalom deve pedir desculpas à professora Socorro Neri.
“Depois de contratar a empresa que fará o serviço de limpeza, cujo processo licitatório estava homologado desde dezembro do ano passado, o prefeito Tião Bocalom e sua equipe devem um pedido público de desculpas à ex-prefeita, professora Socorro Neri”, comentou.
Pelas contas de Calixto, na gestão de Socorro Neri, o custo mensal de um gari ou margarida era R$ 3.040,00. Agora, na gestão de Tião Bocalom, o custo mensal de um gari ou margarida é de R$ 3.172,34. “Onde está mesmo o superfaturamento, prefeito Bocalom? O que ele fez: diminuiu o valor do contrato ao reduzir o número de postos de trabalho de garis e margaridas”, explicou.
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