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Após ataque de facção, MP quer que governo instale Batalhão da PM na Cidade do Povo

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A Cidade do Povo, ao longo dos últimos anos, tem se tornado um dos principais redutos da guerra entre facções criminosas na capital acreana. Na última segunda-feira, 5, foi registrado mais um triste capítulo dessa violenta realidade, quando membros do Comando Vermelho invadiram o conjunto habitacional. A ação, que resultou em 1 morto e outros 7 feridos, foi filmada e divulgada em redes sociais.


Entendendo que não houve intervenção policial imediata, somente tempos depois do ocorrido, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) quer mudar a realidade do bairro.

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Para tentar acabar com a guerra de facções na região, o MPAC está sugerindo ao governo do estado a instalação de uma Batalhão da Polícia Militar na Cidade do Povo. “Considerando não apenas este evento, mas também as constantes notícias de crimes praticados no referido conjunto habitacional, principalmente relacionados às atividades das facções atuantes no Estado, mostra-se necessária e urgente a instalação de uma base da Polícia Militar no local, visando sobretudo a prevenção à prática de crimes e a proteção da sociedade, notadamente dos que ali residem”, afirma o promotor de justiça, Tales Tranin, responsável pela Promotoria de Justiça Especializada de Tutela do Direito Difuso à Segurança Pública.


De acordo com o despacho do MPAC, é Importante ponderar que a Cidade do Povo abriga mais de 3.300 famílias registrando uma população de aproximadamente 12 mil pessoas. Não obstante o elevado número de habitantes, o posto de serviço da PM mais próximo é o 2º Batalhão, localizado no Bairro Cidade Nova, a cerca de 09 km da CDP. Devido à distância, toda a comunidade local se encontra em um verdadeiro estado de insegurança, totalmente vulnerável, inclusive porque em situações como a que foi relatada, a intervenção policial não se dá prontamente, de maneira a impedir a consumação das ações dos criminosos.


O promotor diz ainda que há uma Delegacia de Polícia Civil no local, que sequer funciona no período noturno e conta com apenas um funcionário. Não há nenhum posto de serviço da Polícia Militar.


Tales Tranin justifica ainda que informações preliminares obtidas por meio de contato telefônico com servidor da Secretaria de Estado de Infra Estrutura e Desenvolvimento Urbano – SEINFRA, dão conta de que há um box construído e pronto para uso, que seria destinado às atividades da PM, mas que até o momento não está sendo utilizado.


A promotoria lembra ainda que no último dia 19 de março, o Governo do Estado convocou 200 aprovados no cadastro de reserva do concurso da Polícia Militar, medida esta que facilita a alocação de parte do efetivo para atuar na região da Cidade do Povo.


“Diante disto, determino seja oficiado ao Governador do Estado do Acre, ao Secretário de Estado de Segurança Pública e ao Comandante da Polícia Militar do Estado do Acre, sugerindo a instalação de um Batalhão de Polícia Militar no conjunto habitacional Cidade do Povo e intensificar as rondas policiais no local, de modo a reprimir a atuação criminosa na região”, explica o promotor de justiça, que deu um prazo de 10 dias para que o governo responda sobre as providências adotadas.


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