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Educação deve ser investigada por compra de livros nunca usados

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A crise política instalada no governo do Acre após o governador Gladson Cameli e o vice Major Rocha romperem publicamente pode gerar uma enxurrada de denúncias que estão vindo à tona gradativamente. A mais recente trata da compra feita pelo ex-secretário-adjunto de educação, Márcio Mourão, de 22 mil kits de livros para o Programa de Educação de Jovens e Adultos, conhecido como EJA, da Editora Moderna LTDA. O segundo homem mais forte da educação do Estado recentemente foi indiciado pela polícia civil pela compra de computadores supostamente superfaturado.


De acordo com reportagem da TV Gazeta, no primeiro contrato foram gastos R$ 13,6 milhões e ainda houve a compra de 25 mil exemplares para compra do livro “Entre Sol e Chuva” para alunos do Ensino Fundamental que custaram para os cofres do Estado R$ 1,2 milhão. Todas essas compras foram feitos no modelo chamado de carona onde o governo do Estado usa preços de licitações feitas por prefeituras do interior do Amazonas.

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A denúncia, que partiu do vice-governador, será apresentada aos órgãos fiscalizadores mostrando que o Estado não precisaria gastar todo esse dinheiro com livros didáticos. Segundo apurou a reportagem, esses Kits nunca foram usados, pois chegaram em plena pandemia e o EJA vem mantendo, desde o ano passado, as aulas online. Os livros estão guardados nas escolas.


Segundo Rocha, o Estado não precisaria comprar esses livros, mas bastava pedir esses exemplares ao Ministério da Educação. Outro fato que chama atenção é que foram comprados 22 mil kits, sendo que apenas 7 mil alunos participam do Programa do EJA, ou seja, a quantidade de material é superior duas vezes mais que o necessário. “No ano passado o governo recebeu da União 252 mil livros didáticos. Poderia ter recebido também para o EJA, mas preferi gastar R$ 15 milhões para compra dos livros que ninguém usou ou talvez vá usar”, questiona trecho da reportagem do jornalista Adailson Oliveira.


Em paralelo às denúncias, o governo do Acre instaurou uma sindicância na Educação desde que a Polícia Civil deflagrou a Operação Pratos Limpos que investiga um supostos superfaturamento na compra de sacolões, mas para Rocha, a auditoria deveria ocorrer em todas as secretarias de governo.


A Secretaria de Educação do Estado informou que até o momento não chegou nenhuma formalização da denúncia e nem requisição de documentos sobre esses contratos, mas ressaltou que todas as informações estarão disponíveis.


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