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Bestene defende genro e confirma que empresa recebeu antecipado

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O deputado José Bestene (PP), usou parte do seu tempo durante a sessão virtual da Assembleia Legislativa do Acre desta quarta-feira, 7, para defender o genro, o empresário Cristiano Ferreira, Dono da C.Com Shopping, indiciado pela Polícia Civil por formação de quadrilha, na venda de 2 mil computadores supostamente superfaturados.


O parlamentar iniciou sua fala dizendo que não era “lobista de ninguém” e que a operação policial na casa de seu genro não encontrou nada. “Aquela invasão que teve lá no apartamento do proprietário, não encontraram nada. Nada foi inserido no processo. Nunca foi sequer notificado pelo TCE e muito menos pela Polícia Civil. Antes, ele [Cristiano] procurou a polícia civil, que era o delegado Alcino e o processo estava arquivado. Foi trocada toda a equipe da polícia e ai retomaram o processo, inclusive induzindo o Ministério Público e o juiz. Agora é claro e evidente que isso será analisado pela justiça. A justiça virá. O proprietário não é pasteiro não. Inclusive na época da Frente Popular, ele vendia e alugava muitos computadores, mais de três mil computadores. Mais de 10 mil , 15 mil computadores vendidos. Depois trouxeram uma empresa de Belo Horizonte. Excluíram, mas tem dívida para receber sim”, disse.

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Bestene disse que buscou se inteirar sobre o processo e disse que não aguenta mais “essa questão de computadores”. “Nós temos que ter muito cuidado quando a gente faz uma denúncia infundada. Recebeu antecipadamente uma quantia, recebeu. E lá foi feito uma caução dentro de um acórdão do TCU. Qual a justificativa da Educação? Era para alcançar os 25%. Somente isso. Os computadores foram entregues”, explicou o deputado afirmando que seu genro sequer foi notificado. “Não existe processo. Processo foi feito desse que criaram”, frisou.


O parlamentar aproveitou o tom do discurso e cobrou posicionamento do Ministério Público sobre os processos que o corregedor da polícia civil não está levando adiante, dando clara referência que seu alvo seria o delegado Pedro Resende, responsável pelo indiciamento de seu genro. “Nós vamos fazer um documento ao MP de tortura, de improbidade administrativa. Isso tem que ser feito. E o Ministério Público tem que cobrar do seu corregedor senão estão prevaricando, prevaricando o chefe da polícia civil, prevaricando o corregedor e prevaricando outras pessoas”, desabafou o deputado dizendo que esse tipo de situação “joga na lama uma família”.


Alegando que seu genro já gerou 400 empregos no Estado, Bestene revelou que Cristiano está sofrendo. “Ele, os familiares dele, os amigos. Todo que conhecem quem é esse proprietário, sabem da seriedade, mas isso tudo vem a tona”, ressaltou.


Ainda em seu discurso, Bestene mirou o vice-governador Major Rocha indiretamente sem citar seu nome, afirmando que “muita gente se passa por paladino da moralidade”. “O Tribunal de Contas tinha que começar a ver a questão da alimentação do setor penitenciário desse Estado. Logo no início do governo que foi indicado pelo vice-governador. Levante, Ministério Público! Levante, Tribunal de Contas. Vá lá e olha que foi bem diferente o processo. No processo dos computadores, convidaram ele para vender. Essa denuncia que faço da alimentação não. Foi dispensa de licitação. Foram mais de R$ 44 milhões. Isso tem que ser levantado. Eu gostaria que esse delegado fizesse isso”, disse o deputado apresentando bastante aborrecimento.


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