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Prêmio de R$ 162,6 milhões da Mega-Sena vai para o Fies; entenda critério de repasse

Ganhador deveria ter sacado o montante até ontem, mas não apareceu

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Até ontem, 31, algum sortudo de São Paulo tinha 162,6 milhões de reais disponíveis na conta para fazer o que bem entendesse da vida. Mas “sabe-se lá o porquê”, o agora ex-milionário perdeu o prazo de 90 dias que a Caixa Econômica Federal estipula para que os prêmios sejam sacados. Agora, o dinheiro será repassado ao Fundo de Financiamento do Ensino Superior (FIES).


O valor “esquecido” pelo ganhador corresponde à metade do maior prêmio da história das loterias da Caixa. A Mega da Virada 2020 sorteou R$ 325,2 milhões para a pessoa que acertasse seis números. Duas apostas saíram vencedoras cravando as dezenas 17 – 20 – 22 – 35 – 41 – 42. O outro ganhador, de Aracaju (SE), retirou a sua parte e deve estar numa boa a essa hora. 

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O Procon-SP até tentou intervir, notificando a Caixa para entrar em contato com o premiado, já que aposta foi feita pela internet e o site solicitava um cadastro prévio. No entanto, o banco justificou ao Correio Braziliense que não registra os dados pessoais dos apostadores no sistema. A Caixa alegou, ainda, que é de inteira responsabilidade de quem fez a aposta ir buscar o prêmio, como manda a Lei 13.756/2018. 


“Ao apostar na Casa Lotérica, os dados pessoais do apostador não são registrados nos sistemas da CAIXA, e assim também ocorre ao apostar pela internet. A CAIXA não grava, junto com a aposta, a identidade do apostador, independente do canal de venda. Assim, o cadastro feito no sistema de vendas online não é gravado nas apostas efetuadas, que são independentes e invioláveis, para proteção do próprio apostador”, diz trecho da nota. 


“Fezinha” esquecida vai para o Fies; entenda como

O que muita gente não sabe é que nem todo valor arrecadado com as apostas feitas nas loterias federais corresponde ao prêmio total dado aos ganhadores, e quem joga também acaba contribuindo para ajudar estudantes a começarem a graduação por meio do Fies.


Isso porque uma parte do que é arrecado pelos sorteios é destinada ao governo federal para que seja investida nas áreas de saúde, educação, segurança, cultura e esporte. Sorteios da Mega-Sena, Dupla Sena, Quina, Lotofácil e Lotomania reservam 4,5% para o Ministério do Esporte. Outra parte é direcionada para áreas sociais, como o Fies, que recebe 7,76% do montante. No fim, o ganhador fica com 45,3% de tudo que foi arrecado pelos concursos.


Segundo levantamento feito pelo UOL, de 2011 a 2017, o Fies recebeu R$ 7,64 bilhões relativos ao que foi arrecado por oito diferentes concursos de loterias federais. Nesses mesmos anos, o valor repassado pelos concursos correspondeu a cerca de 8,8% do orçamento do Fies, que foi de aproximadamente R$ 87 bilhões. 


Dentro desse repasse, estão os valores que não foram retirados pelos ganhadores, como é o caso dos R$ 162,6 milhões. Por sinal, esse valor esquecido entra na lista dos maiores já deixados para trás nas loterias da Caixa. 


Fonte: Agência Educa Mais Brasil


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