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Bolívia fecha preventivamente fronteira com o Brasil, em prevenção a variante da Covid-19

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A Bolívia ordenou o fechamento preventivo de sua fronteira com o Brasil a partir de sexta-feira (2) por um período de 7 dias para proteger sua população diante da eventual circulação de uma nova variante da Covid-19, de acordo com jornal El Deber, de Santa Cruz de la Sierra.


“Como parte das medidas de proteção à população, instruímos o fechamento temporário das fronteiras com o Brasil por 7 dias”, informou opresidente da Bolívia, Luis Arce, em sua conta no Twitter.

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O presidente acrescentou que nos municípios bolivianos fronteiriços onde for verificada a “circulação de variantes” do coronavírus do Brasil, será feito “encapsulamento” ou quarentena, “estabelecendo controles para sua mitigação, pelo tempo que for necessário”.


Arce destacou que os ministérios das Relações Exteriores, Saúde e Governo (Interior) poderão ordenar confinamentos temporários em outras partes do país, de acordo com a evolução epidemiológica.


O ministro da Saúde, Jeyson Auza, esclareceu que o fechamento da fronteira com o Brasil, que tem 3.400 quilômetros de florestas e rios, entrará em vigor na sexta.


O anúncio do presidente boliviano aconteceu horas depois de o governo do departamento boliviano de Pando dizer, após reunião para avaliar a situação sanitária e apesar do risco da variante brasileira do novo coronavírus, que não fecharia a fronteira com Acre, mas que novas medidas seriam tomadas até 15 de abril.


O governo ainda não comunicou quais medidas específicas serão aplicadas para as viagens aéreas. Até agora, cada pessoa que entra no país deve apresentar um resultado negativo para o exame de RT-PCR.


O Brasil viveu em março o pior mês da pandemia, com mais de 66.000 mortes registradas, mais que o dobro do número ocorrido em julho de 2020, que havia sido o mês mais letal, em meio a uma onda de infecções. Com 11,5 milhões de habitantes, a Bolívia acumula 272.411 casos e 12.257 óbitos, até o momento.


Veículos locais em várias cidades bolivianas que fazem fronteira com estados brasileiros relataram um aumento no número de infectados pelo coronavírus, embora as autoridades de saúde não tenham confirmado que uma nova cepa do vírus esteja circulando.


La Paz ordenou no início da semana a aceleração da campanha de vacinação em cidades na fronteira com o Brasil, por temor de que uma nova variante da doença possa estar circulando.


O país começou a vacinar seu pessoal médico e pessoas com patologias de risco em fevereiro e planeja atingir toda a sua população adulta entre agosto e setembro, com doses da chinesa Sinopharm, russa Sputnik V, americana Pfizer e britânica AstraZeneca.


Fronteira com o Acre

De acordo com o jornal O Alto Acre, até a manhã desta quinta-feira (1º), segundo informações obtidas de funcionários da fiscalização e aduana do lado boliviano, não havia nenhuma nova determinação para que a fronteira fosse bloqueada entre Cobija, capital do departamento de Pando e as cidades de Brasiléia e Epitaciolândia.

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Outra informação levantada pelo jornal é a de que quando o bloqueio ocorrer deverá haver uma “janela” de três horas para que as pessoas possam entrar ou sair das três cidades fronteiriças, passando por uma barreira sanitária.


Bolívia e Brasil compartilham uma fronteira de cerca de 3,4 mil quilômetros e três de seus nove departamentos (Santa Cruz, Beni e Pando) têm ligação com estados brasileiros.


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