A declaração do prefeito Tião Bocalom dada na Câmara de Vereadores no início do mês de março afirmando que a prefeitura iria continuar distribuindo cloroquina e ivermectina, medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19, continua a ter desdobramentos.
O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) anunciou nesta terça-feira, 30, que instaurou notícia de fato para apurar a compra e distribuição dos remédios que compõem o chamado “kit Covid”, por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco.
O procedimento extrajudicial é de iniciativa da 1ª Promotoria Especializada de Defesa do Patrimônio Público, Fiscalização das Fundações e Entidades de Interesse Social.
A promotora de Justiça Myrna Mendoza já solicitou informações ao prefeito e vai solicitar das demais autoridades municipais sobre o procedimento de compra dos remédios.
Associações médicas, entidades farmacêuticas e especialistas dizem que drogas como hidroxicloroquina/cloroquina e ivermectina não têm eficácia no tratamento ou prevenção da Covid-19, e que seu uso indevido tem provocado reações adversas nos pacientes.
Bocalom chegou a ser suspenso por 48 horas do Facebook ao defender o uso dos remédios na rede social.
Com informações da Agência de Notícias do MPAC.
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