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Em 2020, 62% das queimadas no Acre se concentraram em 8 municípios

Foto: ac24horas.com/Sérgio Vale
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Foto: Sérgio Vale/ac24horas 


Em 2020, o Acre foi o terceiro estado na Amazônia com maior aumento do número de focos de calor em comparação ao ano de 2019, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), apesar da redução na taxa anual do desmatamento no mesmo período.

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Em 2020, foram registrados 265.113 hectares (ou 2.651 km²) de queimadas em áreas já usadas pelo homem no Acre. Esse número representa cerca de 39% maior que no ano de 2019, segundo o relatório de queimadas de 2020 divulgados na 3a semana de março pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (LabGama) da Universidade Federal do Acre.


Em torno de 60% do fogo mapeado em 2020 ocorreu em áreas já usadas pelo homem, sendo estas possivelmente utilizadas para manejo agropecuário potencialmente produtivo (pastagens e agricultura anual ou perene), e 40% em áreas desmatadas em 2020 (novos desmatamentos), padrão similar ao observado no ano de 2019.


Cerca de 62% das áreas afetadas se concentram em oito dos 22 municípios do Estado do Acre: Sena Madureira, Feijó, Rio Branco, Tarauacá, Brasiléia, Xapuri, Manoel Urbano e Bujari. Os municípios que apresentam maior aumento em área queimada em relação ao ano de 2019 são: Rodrigues Alves, Epitaciolândia e Xapuri, com 650%, 315% e 160%, respectivamente.



As queimadas são monitoradas operacionalmente pelos focos de calor, que são pontos quentes na superfície terrestre detectadas por sensores remotos e indicam a ocorrência de fogo ativo naquele momento e local através do Projeto Acre Queimadas que tem entre seus objetivos quantificar áreas queimadas do estado do Acre com mapeamento que usa imagens de satélites.


O fogo é um elemento persistente na paisagem amazônica, utilizado principalmente para limpeza de áreas recém desmatadas, reforma de pastagens e áreas de agricultura anual. Apesar do seu papel inegável como ferramenta, em muitas regiões da Amazônia, a única tecnologia disponível para manejo da agrícola, o uso indiscriminada do fogo tem sido um dos fatores que agravam as emissões de gases de efeito estufa, perda de biodiversidade, aumento de doenças respiratórias e prejuízos econômicos. Entretanto, as queimadas possuem importância social, por permitir a segurança alimentar de subsistência de agricultores familiares em toda a Amazônia.


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