Após um ano de pandemia, 5,5 milhões de crianças e adolescentes em todo o Brasil ficaram sem atividades escolares ou não frequentaram a escola, e é fundamental ir atrás de cada um desses meninos e meninas. Por isso, a Busca Ativa Escolar (BAE), estratégia desenvolvida pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), organizações educacionais e prefeituras municipais para evitar o abandono escolar.
Este ano, a iniciativa já conta com a adesão de todos os municípios do estado do Acre, do Maranhão, de Rondônia e de Sergipe, e de mais de 90% dos municípios do Ceará. Em todo o país, 1.810 municípios de 23 estados já realizaram o processo de readesão à BAE.
Em 2020, cerca de 25 mil novas matrículas ou rematrículas foram realizadas em estados da Amazônia Legal Brasileira. Todos os nove estados aderiram à BAE, e 100% dos municípios do Acre, do Maranhão e de Rondônia já fizeram a readesão.
“É um momento de celebração pela readesão de todos os municípios de Rondônia e do Acre na Busca Ativa Escolar. Isso mostra o fortalecimento da articulação intersetorial da gestão pública para encontrar crianças e adolescentes que estão fora da escola e tomar as medidas necessárias para a rematrícula e sua permanência na sala de aula”, afirma Debora Nandja, chefe do escritório do UNICEF em Manaus, que é responsável pelos projetos no Amazonas, no Acre, em Rondônia e em Roraima.
Até 22 de março de 2021, o total de readesões era de 448 municípios, ou seja, cerca de 55% dos municípios da Amazônia Legal já haviam realizado a readesão à Busca Ativa Escolar.
A intenção é apoiar os governos na identificação, registro, controle e acompanhamento de crianças e adolescentes que estão fora da escola ou em risco de evasão. Por meio da Busca Ativa Escolar, municípios e estados terão dados concretos que possibilitarão planejar, desenvolver e implementar políticas públicas que contribuam para a inclusão escolar.