A ex-prefeita de Rio Branco, Socorro Neri realizou uma coletiva de imprensa na manhã desta quinta-feira, 18, e falou sobre a polêmica que se tornou o pagamento no atraso de salários de garis e margaridas, que culminou com uma ação considerada truculenta de policiais militares em uma manifestação dos garis na última segunda-feira, 15.
Neri se mostrou bastante incomodada com as acusações feitas à sua gestão e disse que as acusações são levianas. “Me sinto muito incomodada com essas acusações que são feitas sem embasamento nenhum. São afirmações graves e que vou requerer na justiça o direito ao contraditório o meu amplo direito de defesa”, disse.
De acordo com a ex-prefeita, sua gestão não ficou devendo nenhum centavo aos trabalhadores terceirizados e questionou que as medições eram compatíveis. “Pagamos todos os trabalhadores, inclusive 13 salário. Deixamos 72 milhões de saldo em caixa, além 153 milhões em contratos e convênios. Quanto às medições, a empresa disponibiliza os servidores e é a própria prefeitura que leva os trabalhadores para executar o serviço”.
Neri alfinetou o atual prefeito Bocalom, mesmo sem citá-lo nominalmente. “Sou servidora pública há mais de 30 anos e não dobrei meu patrimônio. Aliás, tenho o mesmo patrimônio de 20 anos atrás”.
Mesmo não querendo fazer uma avaliação da atual administração, Socorro disse que vai acionar o prefeito Bocalom, o senador Sérgio Petecão e o diretor da Secretaria de Zeladoria, Marco Antônio Cavalcante. “Não gostaria de tecer comentários ao meu sucessor. Desejei e continuo desejando sucesso, mas os fatos falam por si. E vou acionar na justiça o prefeito, o senador e diretor da zeladoria. Não é possível alguém acusar uma pessoa de corrupção sem provas. Eu vou defender a minha honra”, afirmou.
A ex-gestora da capital acreana ainda falou sobre a ação dos policias durante o protesto dos garis. “Foi uma covardia em cima de pessoas que ganham tão pouco e que estavam fazendo apenas um ato pacífico. Os trabalhadores nada mais querem do que apenas receber os seus salários”, disse.
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