Sociedade de Primatologia pede que especulação sobre Covid-19 em macacos seja evitada

A entidade emitiu uma nota nesta terça-feira (16) na qual pede que a especulação de potencial relação entre as mortes de macacos na zona rural de Plácido de Castro e a Covid-19 seja evitada. Após vídeos dos animais agonizantes serem postados na internet, comentários considerando que ocaso pudesse ter ligação com a infecção por coronavírus começaram a acontecer.
A nota disse também que as autoridades competentes – inclusive a Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses do Ministério da Saúde (CGARB/CVS/MS) e o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) – já estão cientes e investigando o caso, conforme procedimentos técnicos e legais.
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Também subscrita pela Sociedade Brasileira de Mastozoologia, pela Universidade Federal do Acre (Ufac), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e pelo Institute for Zoo, o documento adverte que não há evidências de que o caso relatado no Acre se relacione com a Covid-19 e ainda ressalta que que a febre amarela é endêmica da região e o vírus está em período de maior circulação.
A médica veterinária Seleucia Nóbrega, do Núcleo de Zoonoses da Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), que fez parte da equipe que foi ao local onde os macacos foram encontrados já havia afirmado ao ac24horas que a hipótese diagnóstica era a de febre amarela. Junto com um colega do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), Everton Arruda, ela foi a responsável pela necropsia dos animais coletados.
“Trouxemos esses dois animais encontrados para o Departamento de Controle de Zoonoses (DCZ) de Rio Branco para realizar a coleta de material. Ao término, deixamos as amostras coletadas no Lacen para serem encaminhadas ao Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA). No momento, trabalhamos com a hipótese diagnóstica de febre amarela. Por ocasião da visita, não identificamos pessoas com qualquer sintomas de doenças”, explicou.
A especialista também disse que o próprio Ministério da Saúde não visualizava essa suposição de Covid-19 que vem sendo feita. Ela ressaltou que febre amarela está bem evidente em várias regiões do Brasil e sempre vem seguida de epizootias envolvendo macacos, como nesse caso aqui do Acre. Os macacos têm o hábito de viver em plantas altas, pouco ou quase nunca estabelecendo contatos com humanos, segundo ela.

A Assembleia Legislativa do Acre (Acre) iniciou nesta sexta-feira (24), uma campanha para ajudar as vítimas das enxurradas que atingiram a capital Rio Branco na última quinta-feira, dia (23). Todo o material arrecadado será entregue ao Corpo de Bombeiros e à Defesa Civil.
A enxurrada correspondeu a 50% do esperado para este mês, que é de 270,1 milímetros. Todo o Estado do Acre foi gravemente atingido. Em Rio Branco, choveu 172 milímetros nas últimas 14 horas, de acordo com a Defesa Civil.
Além de vários pontos de alagamento, o rompimento de trecho na BR-364 está entre os prejuízos. São cerca de cinco mil famílias de 27 bairros de Rio Branco atingidas. Além disso, pelo menos 15 comunidades rurais da capital foram afetadas.
O presidente do Poder Legislativo, deputado Luiz Gonzaga (PSDB), disse que o momento é delicado e pede união e solidariedade. Ele explicou que os interessados em participar do ato solidário poderão deixar suas doações no térreo da Aleac. O Poder Legislativo também disponibilizará transporte para quem quiser fazer a doação e não puder se deslocar ao prédio.
“O rio Acre chegou a 15, 80 e ultrapassa a cota de transbordamento, que é de 14 metros. Algumas famílias já começaram a ser removidas. Isso é muito preocupante. Portanto, a partir de hoje, estaremos recebendo doações de água, alimentos, roupas e material de limpeza para ajudar as famílias acreanas”, disse.
Também neste primeiro momento, os deputados estaduais através da Mesa Diretora da Casa, farão a doação de 2 mil fardos de água. “Ainda pela manhã serão doados 12 mil litros de água, o coronel Falcão da Defesa Civil vem pessoalmente recebê-los. Nós iremos concentrar todos os esforços necessários junto ao governo do Estado para amparar nossa população neste momento difícil. Vamos ajudar no que for possível, como sempre fazemos”, disse o primeiro secretário da Aleac, deputado Nicolau Júnior.
A Defesa Civil frisou, ainda, que aqueles que precisarem de ajuda é só acionar o nº 193.
Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

Na manhã desta sexta-feira (24) mais de 4,4 mil usuários estão com a energia desligada por medida de segurança adotada pela Energisa em Rio Branco.
Os bairros mais afetados são Recanto dos Buritis, Transacreana, Conquista e Distrito Industrial.
“A Energisa Acre está comprometida no atendimento aos clientes afetados pela enxurrada em vários pontos em Rio Branco”, diz a empresa.
Esse trabalho é realizado em conjunto com a Defesa Civil, Bombeiros e prefeituras, com monitoramento da situação 24 horas por dia. Segundo a concessionária, o desligamento da rede elétrica é uma medida de segurança para a população e necessária para evitar acidentes elétricos, inclusive, com risco de morte.
Diante da redução de nível dos rios e igarapés, as equipes avaliam as condições para restabelecer o fornecimento aos clientes.
“A empresa ressalta que os clientes devem registrar as ocorrências sobre interrupção de energia ou de alagamento nos canais de atendimento, para que as equipes possam realizar os serviços necessários”, pede a Energisa.
O registro pode ser feito pelo 0800 647 7196, aplicativo Energisa ON ou Gisa (www.gisa.energisa.com.br).

Devido ao transbordamento do Rio Acre é dos igarapés em vários pontos da cidade, o trânsito nas próximas horas desta sexta-feira, 24, está caótico em várias vias e avenidas tradicionais da capital.
Segundo apurado pela reportagem do ac24horas, na rua Jarbas Passarinho, na parte alta de Rio Branco, o congestionamento de veículos automotores é grande. “Estamos em uma longa fila aqui há mais de horas. Não sei que horas vamos chegar no centro desse jeito”, reclamou o motorista de aplicativo, Luri Rogério.
A situação não é diferente também na Avenida Getúlio Vargas – onde desde o início da noite de quinta-feira, 23, o igarapé São Francisco transbordou dificultando o acesso de condutores e moradores da região.
Outro ponto bastante crítico que vem causando dor de cabeça aos moradores do bairro da Paz, Joafra, Rui Lino e Mocinha Magalhães, é no igarapé São Francisco que devido ao transbordo deixou dezenas de moradores ilhados.

O avanço da inundação que vem ocorrendo desde essa quinta-feira e segue nesta sexta-feira (24) faz com que pelo menos três pontos da BR-364 estejam totalmente ou parcialmente interditados.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), estão totalmente interditados os trechos do Km 143 (após a rotatória da Penal) e Km 102 (Quinoá). E segue parcialmente interditado o Km 152 (próximo ao Bujari) da BR-364.
O trecho do Km 140 (rotatória do bairro Universitário) já está com o trânsito normalizado.
O nível do Rio Acre ultrapassou a cota de transbordamento e tem deixado dezenas de famílias desabrigadas. Equipes da Defesa Civil Municipal e do Corpo de Bombeiros seguem trabalhando para amenizar os transtornos.
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