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Dois servidores da SEE e quatro empresários foram presos na Operação “Pratos Limpos”

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Foto: Rede Social/Facebook 


Um mês depois de ter feito uma operação na secretaria de educação do Estado do Acre, a polícia civil voltou ao local, desta vez para cumprir mandados de prisão, busca e apreensão para apurar denúncias de superfaturamento na compra de 41 mil cestas básicas pelo preço de R$ 94,54. O valor total supera os R$ 3,2 milhões e supostamente seria superfaturado por meio de uma dispensa de licitação em favor de uma empresa cujo o capital social é de R$ 100 mil.


Em 12 de março, também deste ano, uma outra operação da PC fez. Buscas e apreensões e, prisões, quando apurava denuncia de aquisição de 2 mil computadores no valor global R$ 11,3 milhões para uso das escolas públicas no estado do Acre de forma irregular. Esta compra foi feita pela empresa C.Com Shopping Informática, pertencente ao empresário Cristiano Silva Ferreira.

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Em coletiva na manhã desta sexta-feira, 12, o delegado Pedro Resende, da Delegacia Especializada no Combate à Corrupção (Deccor), falou da Operação “Pratos Limpos” que culminou em mandados de prisão preventiva, busca e apreensão na Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), em Rio Branco (AC). Os nomes dos alvos da operação não foram divulgados pelas autoridades.


A ação tem como alvo a compra de cestas básicas supostamente superfaturadas no período da pandemia de covid-19, em 2020.


Segundo informações, foram compradas 41 mil cestas básicas pelo preço de R$ 94,54. O valor total supera os R$ 3,2 milhões e supostamente seria superfaturado por meio de uma dispensa de licitação em favor de uma empresa cujo capital social é de R$ 100 mil. Esses alimentos seriam distribuídos a famílias carentes.


Segundo o delegado, seis pessoas foram presas, dois servidores públicos e quatro empresários, sendo que um morava em Cruzeiro do Sul (AC) e outro em Fortaleza (CE). Foram apreendidos veículos e colocadas 10 contas bancárias na mira da justiça com bloqueios autorizados na ordem de R$ 300 mil.


O delegado descartou envolvimento de servidores que foram presos na Operação “Trojan”. Ele explicou que os setores são diferentes de ambas as compras da SEE e que portanto os envolvidos são pessoas diferentes nessa operação.


“É um trabalho brilhante que foi feito pelos investigadores. Seis pessoas foram presas preventivas, 20 mandados de buscas foram feitas, nove veículos foram sequestrados, contas bancárias de 10 pessoas no importe de R$ 332 mil foram colocadas para eventual ressarcimento ao erário público. Foram arrecadados diversos materiais e agora a gente vai fazer a análise desse material e continuar as investigações. Temos 10 dias para o encerramento do inquérito. Dois funcionários públicos [um efetivo e comissionado] da SEE foram presos e que ao nosso ver era necessário. Elas pertenciam ao setor de compras da SEE. Outros quatro empresários que participaram do certame também foram presos. Em nosso levantamento, o prejuízo foi calculado em 332 mil reais de superfaturamento e duas empresas ganharam o certame e outras cinco participaram, ao total sete empresas. Foi uma operação exitosa e o combate ao desvio da verba pública sempre esteve em mente da Polícia Civil”, afirmou.


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