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Governador visita imigrantes reafirma assistência humanitária

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Em meio a uma das maiores crises da história do estado, que além da pandemia de Covid-19, surtos epidêmicos de dengue e enchentes de grandes proporções que atingem pelo menos 10 municípios, enfrenta ainda o drama dos imigrantes retidos na cidade de Assis Brasil, o governo do Acre está se desdobrando para dar atenção a todos os problemas.


Neste domingo, 21, depois de ir a Sena Madureira, um dos municípios mais afetados pelas enchentes que atingem o Acre neste mês de fevereiro, o governador Gladson Cameli foi a Assis Brasil, na fronteira com o Peru, ver de perto a situação imposta pela concentração de estrangeiros na pequena cidade que, por conta do problema, declarou estado de calamidade pública.


No município fronteiriço, o governador dialogou com o grupo de imigrantes que está acampado há vários dias na Ponte da Integração e disse que continuará prestando toda a assistência humanitária aos estrangeiros que buscam deixar o Brasil pela fronteira com o Peru, mas que estão sendo impedidos pelas autoridades do país andino em razão da pandemia.

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Recentemente, o governo cedeu prédios públicos à prefeitura do município para a instalação de abrigos e tem custeado parte da alimentação, além de prestar atendimentos de saúde e garantir segurança aos imigrantes. Neste domingo, ele ofereceu o fretamento de ônibus para transportar os que resolverem regressar para os estados de onde saíram.


“Essas pessoas são seres humanos e merecem ser tratadas com total dignidade e respeito. O governo tem procurado fazer a sua parte na questão do auxílio humanitário e também estamos buscando ajudar a resolver essa questão por meio da diplomacia entres os governos do Brasil e do Peru”, disse.


O prefeito Jerry Correia disse que o município espera que o problema seja amenizado e por fim resolvido, com apoio do governo do estado, que também intercederá junto ao governo federal para assumir a responsabilidade pela crise imigratória, não apenas em Assis Brasil, mas em toda a região.


“No último dia 14 de fevereiro, tivemos um conflito aqui na ponte e, desde então, temos recebido todo o apoio por parte do governo do e o próprio governador tem mantido contato conosco. Nessa visita de hoje, ele anunciou medidas que vão diminuir o número de pessoas, sobretudo aos que estão na ponte”, destacou.


Assis Brasil se tornou, na última semana, a cidade acreana mais citada nos veículos de comunicação de todo o país em razão do agravamento da onda imigratória. Em meio à repercussão, o prefeito Jerry Correia tem pedido o socorro dos governos federal e estadual, assim como dos demais municípios.


No último sábado, 20, os prefeitos de Epitaciolândia, Sérgio Lopes; de Brasiléia, Fernanda Hassem; e de Xapuri, Bira Vasconcelos, enviaram donativos para ajudar na alimentação dos estrangeiros. Nos últimos dias, o município tem servido cerca de 1.500 refeições diárias aos imigrantes, entre café, almoço e jantar.


Na última sexta-feira, 19, um grupo de 20 haitianos embarcou de volta para Rio Branco, de onde retornaram para São Paulo. Eles foram levados à capital acreana em um ônibus da prefeitura de Assis Brasil depois de dialogarem com o prefeito e desistirem de atravessar a fronteira com o Peru.


O prefeito Jerry Correia disse ao ac24horas que muitos dos estrangeiros desejam retornar para os lugares onde estavam no Brasil, mas estão sem recursos para isso. Segundo ele, o governo federal precisa criar as condições para que eles possam voltar, pois o governo peruano está certo de que não abrirá a fronteira.


*Com informações da Agência de Notícias do Acre e da Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Assis Brasil. As fotos são de Diego Gurgel, da Secretaria de Comunicação do Acre.


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