População reclama da falta do “fumacê “ nos bairros para combater a dengue

Unidades de saúde completamente lotadas. Se antes, apenas os hospitais, UPAS e Unidades Básicas de Saúde que tratam de pacientes com a Covid-19 estavam cheios, hoje a realidade é diferente.

Com uma epidemia grave de dengue, as Unidades Básicas de Saúde estão lotadas de pessoas à espera de atendimento. A capital acreana tem registrado em média 500 novos casos por dia. A situação agrava ainda mais os problemas já enfrentados na capital acreana como a enchente do Rio Acre e pandemia da Covid-19. Por conta da situação, a prefeitura da capital e o governo do Acre decretaram situação de emergência.

A estratégia mais usada pelo poder público é a visita dos agentes de endemias nas residências. Os profissionais percorrem os quintais e locais onde possam existir criadouros do mosquito. Os agentes aplicam hipoclorito para eliminar a proliferação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Por conta da pandemia, a entrada nas casas havia sido suspensa e os agentes estavam apenas fazendo a orientação.

Outra estratégia usada em casos comprovados onde há incidência da dengue é o chamado fumacê. Um veículo adaptado passa pelas ruas pulverizando inseticida para matar e inibir a proliferação do mosquito transmissor das doenças.

Um dos bairros onde a população mais reclama é no Santa Inês. Maria de Fátima faz um apelo. “O serviço dos agentes de endemias nesta época do ano é de formiguinha, mas consegue dar conta dá conta de toda a demanda. A única solução é o fumacê que ninguém mais vê rodando. Aqui no bairro tá horrível. Por mais que a gente limpe os nossos quintais, é muita chuva”, afirma a moradora.

O ac24horas procurou a prefeitura de Rio Branco para saber como é definido o uso do carro fumacê e a quantidade de agentes de endemias que atualmente estão trabalhando no combate ao mosquito, mas não houve resposta.