O professor Orlando Sabino da Costa escreve hoje, 18, o seu 50º artigo no ac24horas e para comemorar a data, fala sobre Rio Branco, a capital do Estado que lutou para fazer parte do Brasil. Segundo o doutor em economia, a capital do Acre perdeu seis posições na última década e ganhou duas na comparação com o último ano. Entre as quatro áreas analisadas, Rio Branco teve sua melhor posição em Saúde: 33ª posição. Se delicie com o artigo do mestre Orlando Sabino da Costa.
É o que aponta o Índice de Desafios da Gestão Municipal (IDGM), produzido pela consultoria Macroplan e publicado na terça-feira (9/2) pela revista Exame. O índice está inserido no estudo Desafios da Gestão Municipal (DGM), que apresenta uma análise da evolução recente das 100 maiores cidades brasileiras, que representam metade do PIB brasileiro. É um indicador sintético que reúne 15 indicadores em quatro áreas essenciais para a qualidade de vida da população: i) educação, ii) saúde, iii) segurança e iv) saneamento e sustentabilidade.
A capital do Acre perdeu 6 posições na última década e ganhou 2 posições na comparação com o último ano. Entre as quatro áreas analisadas, Rio Branco teve sua melhor posição em Saúde: 33ª posição.
Passaremos agora a fazer breves comentários de cada uma das áreas analisadas, sempre comparando os indicadores de Rio Branco com a média dos 100 municípios mais bem posicionados pelo IDGM.
Educação (Rio Branco é 0 57º no ranking da área, IDGM = 0,561, queda de 1 posição no ano e 14 na década).
O destaque de Rio Branco na área de educação, onde alcançou 6,5 pontos foi no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do Ensino Fundamental I na rede pública em 2019, nota maior que a média dos 100 maiores municípios do país analisados. Que fez com que ficasse na 18ª melhor posição entre eles nesse último ano. Em 2009, ocupava a 47ª melhor posição, com uma nota maior que a média dos 100 municípios. Conforme o estudo, tal resultado decorreu do crescimento de 5,3 p.p. da taxa de aprovação e do crescimento de 1,3 pontos na nota média dos alunos no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Saúde (Rio Branco é o 33º no ranking da área, IDGM = 0,617, crescimento de 37 posições no ano e 45 na década).
A taxa de mortalidade infantil em Rio Branco foi igual a 11,1 por mil nascidos vivos em 2019, menor que a média dos 100 maiores municípios do país. Essa foi a 40ª menor taxa de mortalidade infantil nesse último ano. Entre 2009 e 2019, a taxa de mortalidade caiu 37,3% no município. Essa variação foi a 8ª melhor entre os 100 municípios. Outro destaque na área foi a proporção de bebês cujas mães fizeram sete ou mais consultas pré-natal, que foi igual a 58,3% em Rio Branco em 2019. Essa proporção é menor que a média dos 100 maiores municípios do país nesse ano, situando a cidade na 88ª melhor posição. O indicador de atendimento pré-natal melhorou no município entre 2009 e 2019. Finalmente merece destaque a taxa de cobertura da população por equipes de atenção básica, que alcançou 72,9% em 2018, taxa também maior que a média dos 100 maiores municípios do Brasil. O município apresentou a 32ª melhor cobertura nesse ano.
Segurança (Rio Branco é o 93º no ranking da área, IDGM = 0,611, queda de 01 posição no ano e 23 na década).
A taxa de homicídios em Rio Branco variou de 31,1 para 46,4 por 100 mil habitantes entre 2009 e 2019. Nesse último ano, a cidade apresentou uma taxa maior que a média dos 100 maiores municípios do Brasil, ocupando a 93ª melhor posição no ranking. O número de homicídios em Rio Branco passou de 95, em 2009, para 189, em 2019, uma variação de 98,9% no período. Por outro lado, a taxa de óbitos no trânsito alcançou 12,5 por 100 mil habitantes em Rio Branco em 2019. Nesse ano, o município apresentou uma taxa maior que a média dos 100 maiores municípios do Brasil. Essa taxa situou Rio Branco na 54ª melhor posição entre os 100 maiores municípios em 2019.
Saneamento e Sustentabilidade (Rio Branco é o 93º no ranking da área, IDGM = 0,611, queda de 01 posição no ano e 23 na década).
O estudo estimou que 96,4% da população de Rio Branco tem sido atendida por serviço de coleta de resíduos domiciliares em 2019, percentual menor que a média dos 100 maiores municípios do Brasil analisados nesse ano. Esse resultado colocou a cidade na 83ª melhor cobertura entre as analisadas. Em relação ao abastecimento de água, a cidade alcançou 54,3% da população em 2019, percentual menor que a média dos 100 maiores municípios do país. Em relação à coleta de esgoto, em 2019, Rio Branco alcançou 21,6% da população atendida pelo serviço, percentual menor que a média dos 100 maiores municípios do país, sendo que somente 33,8% do esgoto gerado em Rio Branco em 2019 tenha sido tratado. Em relação às perdas no processo de distribuição de água, Rio Branco apresentou 58,3% de perdas em 2019, a 92ª melhor posição no índice de perdas entre as 100 maiores cidades do Brasil em 2019.
Indicadores servem de parâmetros de medição da eficiência dos investimentos realizados em determinadas localidades. Rio Branco, com 413 mil habitantes, detém pouco mais de 46% da população acreana e concentra 58,3% do PIB estadual. Precisamos tirar lições dos números apresentados. Qualidade de vida e investimentos são as duas faces de uma mesma moeda, ou seja, a melhoria da qualidade de vida vai trazer investimentos públicos e privados, que vão gerar mais qualidade de vida.
Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas.
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